7 de jul. de 2010

Casos sucessivos

Marisa Serrano pede investimentos em políticas públicas para combater violência contra as mulheres

Ao citar casos de violência contra a mulher, frequentes nos noticiários, a senadora Marisa Serrano (MS) lamentou que diariamente 10 mulheres são assassinadas no país, geralmente pelos próprios parceiros. Os dados integram o Mapa da Violência no Brasil 2010 e revelam, ainda, que a média registrada no período está acima do padrão internacional. Segundo a pesquisa, mulheres são mortas por questões domésticas em municípios de diferentes portes e em casais de todos os níveis sociais.

Para ela, é necessário investir em políticas públicas efetivas para estimular as denúncias, a repressão da violência doméstica e o estímulo à vida harmônica entre os sexos. Marisa citou o sumiço da ex-amante do goleiro do Flamengo Bruno, Eliza Samudio; do assassinato da advogada Mércia Nakashima, provavelmente pelo ex-namorado; e a morte de uma arquiteta pelo ex-marido em Mato Grosso do Sul.

A senadora também manifestou tristeza ao constatar que o município de Amambaí (MS) está entre as dez cidades brasileiras que mais envergonham por estatísticas de assassinatos contra mulheres, com 15 mortes por 100 mil habitantes. Em primeiro lugar vem Alto Alegre (RR), com 22 mortes por 100 mil habitantes. “O problema está em todo o Brasil, em cidades grandes ou pequenas e precisa ser combatido”, reforçou.

A senadora recordou também o assassinato de Maria Islaine de Morais, ocorrida em janeiro. O ex-marido é o principal suspeito do crime. A cabeleireira havia sido denunciado por ela oito vezes antes de morrer. “Infelizmente precisamos engolir em seco o fato de a lei Maria da Penha não ter poupado esta vida”, lamentou.

Para Marisa, o Brasil não precisa de mais legislação, até porque já existe a Lei Maria da Penha. Esse marco legal incentiva as mulheres a denunciar crimes de violência doméstica, garantindo medidas de proteção para a vítima e punições mais duras e rápidas contra os agressores. De acordo com a senadora, o mais importante é assegurar mais investimentos em políticas públicas para coibir a violência doméstica.

10
mulheres são assassinadas no país por dia, geralmente pelos parceiros. Os dados fazem parte do estudo "Mapa da Violência no Brasil 2010".

Elas não são propriedades dos homens
Apesar de estarmos no século XXI, das feministas ainda no século passado terem conquistado diversos direitos e das mulheres continuarem lutando por espaço, alguns homens ainda não entenderam que elas não são suas propriedades.”
Senadora Marisa Serrano (MS)

(Da redação com assessoria/ Foto: Ag. Senado)

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