O deputado Marcelo Itagiba (RJ) fez balanço de suas atividades parlamentares, observando que trabalha na Câmara para fazer com que todos sejam verdadeiramente iguais perante a lei. Nesse sentido, o deputado lembrou ter apresentado Proposta de Emenda à Constituição (PEC 130/07) que acaba com o foro privilegiado de autoridades nos casos de infrações penais.

Itagiba disse ainda que defendeu o fim da prisão especial. “Nada justifica prisão especial para aqueles que são detentores de cargo ou diploma. Aliás, no dia em que todos forem para a mesma cadeia, todos se preocuparão em melhorar o sistema penitenciário.”
Para o parlamentar do PSDB, quem tem mais conhecimento deveria ter pena superior à daquele que tem menos discernimento. “Aquele que tem mais escolaridade tem mais juízo e sabe mais, portanto, deve arcar com as consequências mais pesadas. Essa é uma forma também de se fazer a igualdade.”
O deputado fluminense disse ainda que defende a estadualização da Lei das Contravenções Penais. “A realidade do Rio Grande do Norte não é igual à do Rio Grande do Sul; a do Paraná não é igual à de Pernambuco; a do Rio de Janeiro não é igual à do Amazonas. Portanto, a legislação deve ser estadual, que pode absorver muitos dos tipos que não precisam estar na legislação penal, e deve dar o ciclo completo de polícia aos policiais militares”, afirmou.
Itagiba destacou também sua luta para que o governo não retire recursos do Rio de Janeiro e dos municípios produtores de petróleo. “Digo isso com a maior tranquilidade, porque não há benesse alguma nos royalties. O que há, na verdade, é uma compensação para equilibrar o pacto federativo.”
Ele explicou que os royalties foram criados pelo fato de o ICMS ter sido retirado, na origem, dos estados produtores, passando a ser cobrado nos estados de destino, o que só se dá na energia e no petróleo. “Para que houvesse equilíbrio na arrecadação, no pacto federativo e nos investimentos é que se concedeu o royalty, não apenas para os desastres socioambientais, como os que ocorreram recentemente no Golfo do México, nos Estados Unidos, e que podem ocorrer, sim, no Brasil”, frisou. (Do Jornal da Câmara/Foto: Eduardo Lacerda)
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