19 de ago. de 2009

15 a 0

Por unanimidade, Conselho de Ética arquiva representação contra Virgílio

Por 15 votos a zero, o Conselho de Ética do Senado manteve nesta quarta-feira o arquivamento da representação do PMDB contra o líder do PSDB na Casa, Arthur Virgílio (AM). Na sessão, o tucano fez questão de apresentar sua defesa, “por dever de consciência e em deferência aos membros do Conselho”. O parlamentar leu documento esclarecendo e desmontando as acusações ponto por ponto.

Represália fracassada - Após o pronunciamento do tucano, o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), declarou que seu partido ficara satisfeito com os esclarecimentos e votaria pelo arquivamento. No último dia 8, o peemedebista havia levado à tribuna a representação contra o tucano. Após o resultado da votação, praticamente todos os presentes fizeram questão de cumprimentar Virgílio.

Um dos primeiros a se manifestar, Alvaro Dias (PR) afirmou que a representação tinha sido apresentada em represália pela firmeza e insistência de Virgílio em cobrar a apuração dos desmandos e ilegalidades ocorridos na Casa e a punição dos responsáveis.Para o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), a decisão reflete o reconhecimento de milhões de brasileiros com a postura de Virgílio ao longo de sua vida pública.

Já o 1º vice-presidente do Senado,
Marconi Perillo (GO), afirmou que o correligionário conseguiu demonstrar ser "absolutamente honesto" e "estar limpo". "Já participei de algumas sessões onde discutimos representações contra colegas nossos, e não vi nenhum deles se dignar aqui na qualidade de representado para, olhando nos olhos dos seus pares, defender-se de acusações, quer elas fossem legítimas ou levianas, como as assacadas contra Vossa Excelência", apontou.

"Sua grande vitória não foi ter sido absolvido por unanimidade no Conselho de Ética, mas foi não ter-se deixado intimidar, nem se curvar em momento algum, pela ameaça que pairava pela maioria que teriam seus adversários políticos", completou Tasso Jereissati (CE), que classificou as representações contra o líder do PSDB como um movimento de retaliação e intimidação.

Por sua vez, a senadora Marisa Serrano (MS) disse que está enganado quem imaginar que Virgílio foi inocentado em virtude de qualquer tipo de acordo. "Ficou claro que Vossa Excelência tem história e sempre agiu de maneira ética. Portanto, nada mais comum, nesse momento, continuar agindo como sempre", declarou. (Da redação com assessoria do senador e Agência Senado/ Foto: Ag. Senado)

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