25 de set. de 2009

Herança bendita

Governo FH foi essencial para o país alcançar grau de investimento

O economista Victor José Hohl afirmou nesta sexta-feira que o Plano Real e a estabilidade econômica alcançada pelo país durante o governo Fernando Henrique Cardoso foram fundamentais para que o Brasil alcançasse a classificação de grau de investimento, atribuída esta semana pela agência internacional de risco Moody's. Parlamentares do PSDB também destacaram o papel da gestão tucana para o país ter conquistado essa classificação, usada pelos investidores estrangeiros na hora de decidir em que país colocarão suas aplicações. Quanto melhor é a avaliação, menor é o risco e, portanto, maior é a capacidade do país de atrair recursos externos.

Cuidado com gastos públicos - De acordo com Hohl, ex-conselheiro do Conselho de Economia do Banco Central e professor de Mercado Financeiro de Capitais, os oitos anos de governo do PSDB (1994-2002) foram fundamentais para que o país pudesse hoje receber reconhecimento internacional e figurar entre as melhores economias do mundo. “Não há dúvidas de que a gestão tucana contribuiu grandemente para que o país recebesse esse selo. Se não fosse pelo Plano Real e o controle da inflação constituídos naquele período não seria possível esse resultado. O governo FH colocou o Brasil no eixo certo”, afirmou.

A classificação concedida pela Moody's ao Brasil mais de um ano após outras duas grandes agências terem feito o mesmo chegou em boa hora, de acordo com Hohl, pois demonstra que os critérios da agência foram ainda mais rigorosos e que ainda assim o país conseguiu se enquadrar, mesmo depois da crise.

O deputado Luiz Carlos Hauly (PR), por sua vez, acredita que a classificação é importante, mas veio tardiamente, já que o país possui um quadro econômico estável há mais de uma década. “Finalmente a agência reconhece o grau de investimento do Brasil, como outras já fizeram. Nós temos durante esses anos de Plano Real uma estabilidade econômica, probidade e um compromisso público, honrando as dívidas interna e externa”, afirmou o deputado. Para ele, o Planalto acerta ao manter esse quadro favorável, mas peca ao agir de forma mais frouxa com os gastos e sem promover reformas.

Já o senador Flexa Ribeiro (PA) acredita que mesmo tendo conhecido o "grau de investimento", a agência ressaltou aspectos "que o governo Lula preferiria ver esquecidos", como os excessivos gastos públicos federais e a trajetória de crescente desvalorização do dólar. “Em matéria de administração de suas despesas, a nota do governo Lula não é boa. O planejamento da nação para o futuro segue sendo um problema que deve atrapalhar o progresso”, alertou. (Reportagem: Djan Moreno/ Fotos: Eduardo Lacerda e Ag. Senado)

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