Urgência na discussão do pré-sal é acinte, diz Sérgio Guerra
O pedido do presidente Lula para que os projetos do pré-sal sejam discutidos em regime de urgência é um acinte ao Congresso Nacional. Foi o que afirmou o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), em pronunciamento nesta terça-feira. Segundo ele, no lançamento do programa ontem, o petista adotou uma postura irresponsável ao tratar a questão como sendo uma disputa entre governo e oposição. "Por que atacar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso? Por que agredir? Por que não fazer uma afirmação de futuro?", questionou.
Na avaliação do tucano, o presidente montou um palanque "antecipando a estratégia eleitoral de sua fraca candidata". Guerra avisou ao Planalto que não adianta tentar fazer a oposição "engolir" o modelo que foi discutido "por alguns poucos em portas fechadas". Mais uma vez o senador chamou o governo para uma discussão ampla, que envolva a sociedade e os melhores especialistas, além do Congresso. E afirmou que o discurso do presidente não estava a altura de um "grande brasileiro, de um representante da República brasileira".
Na hipótese do governo insistir no regime de urgência, o presidente do PSDB avisou. "O país tem energias que vão se somar e todos vamos enfrentá-lo." . Ainda no discurso, o tucano acusou o presidente Lula de apresentar a expansão da Petrobrás durante seu governo como criação sua. No entanto, a expansão da estatal nesta década proveio, em primeiro lugar, da Lei do Petróleo a que o PT se opôs, votada em 1997 depois de 18 meses de discussão, e que atraiu investimentos privados, além dos públicos, para a prospecção e exploração do óleo.
Em um aparte a Guerra, o senador Tasso Jereissati (CE) disse que o presidente Lula deu uma conotação política, partidária e ideológica ao lançamento do pré-sal, quando a questão é de Estado e não de governo. Já Alvaro Dias (PR) disse que o governo do presidente Lula se tornou especialista em gerar falsas expectativas. Por sua vez, a senadora Marisa Serrano (MS) rechaçou a tentativa do governo de tentar passar à população a ideia de que o pré-sal é uma conquista exclusiva desta gestão."Quem pode ficar triste se nós conseguimos extrair petróleo das profundezes? O que me dá tristeza ver o governo agir como se estivesse reinventando o país", contestou. (Da redação com Agência Tucana/ Foto: Ag. Senado)
1 de set. de 2009
Pressa inadequada
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Reprodução autorizada das matérias desde que citada a fonte (Diário Tucano)
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