Líder critica pressa do governo e destaca legado tucano no setor
O líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), voltou a criticar nesta terça-feira a pressa com que o governo trata a questão do pré-sal e classificou de "açodamento" o pedido do presidente Lula para que os projetos do pré-sal sejam discutidos em regime de urgência. O parlamentar reiterou que o prazo de 45 dias para a discussão dos projetos na Casa é insuficiente. Aníbal lembrou ainda a importância de se aprofundar o assunto no Parlamento.
Regulamentação adequada - “É um tempo muito escasso para que a Câmara discuta, mude, faça um aprimoramento para votar essas propostas. Para que começemos a fazer audiências públicas são no mínimo duas a três semanas, mas nem sequer recebemos os textos ainda. Para que pressa dessa magnitude para algo que vai surtir efeito somente em 2020?”, questionou o líder.
Aníbal defendeu uma regulamentação adequada para a exploração da camada pré-sal e lembrou que os recursos oriundos do petróleo encontrado deveriam ser melhor aproveitados pelo Governo Federal. “Precisamos de uma boa legislação, até mesmo para que o povo brasileiro se beneficie disso. E para que não fique como hoje, em que a União recebe R$ 10 bilhões, dispende R$ 2 bilhões e R$ 8 bilhões deixa para o superávit. Não usam esses recursos para áreas importantes como Saúde ou Ciência e Tecnologia”, apontou.
O deputado criticou ainda os ataques de Lula ao PSDB durante a cerimônia de lançamento do pré-sal em Brasília. O petista chegou a afirmar que a gestão tucana quis privatizar e mudar o nome da Petrobras. “São invencionices. A única coisa que funciona no pré-sal até agora é algo que foi permitido pela legislação que o governo Fernando Henrique elaborou em 1997. As concessões feitas em 2000 são aquelas que estão dando resultado hoje na exploração do pré-sal. A Lei do Petróleo permitiu dobrar a produção de petróleo, fazendo o peso do setor no PIB passar de 2% para 10%", ressaltou. Em nota divulgada no último domingo, a oposição destaca o legado da gestão FHC nesta área. Leia AQUI (Reportagem: Rafael Secunho)
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