13 de out. de 2009

Manobra inaceitável

Mantega terá que explicar atraso na restituição do imposto de renda

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira requerimento do líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), propondo que sejam ouvidos o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o secretário da Receita Federal, Otacílio Dantas Cartaxo, sobre a decisão do governo federal de reter o Imposto de Renda das pessoas físicas.

Crise fiscal? - Para o tucano, a audiência será uma boa oportunidade para se abrir uma discussão sobre os possíveis prejuízos ao contribuinte causados pela manobra do governo Lula. Na semana passada, parlamentares tucanos protestaram contra essa decisão do governo. Segundo o próprio ministro Mantega, a medida foi adotada para compensar a queda de arrecadação registrada nos oito primeiros meses deste ano.


Na avaliação do parlamentar, a decisão de represar as declarações representa descumprimento do que seria uma praxe, ou seja, pagar no mesmo ano todos os lotes de restituições daqueles contribuintes que não caíram na malha fina. “O atraso atinge a parte mais fraca, que é a classe média. Só espero que não seja prenúncio de crise fiscal", acrescentou Virgílio. Para ele, o normal seria o governo cortar gastos e não prejudicar a classe média brasileira, já tão sacrificada.

Na Câmara, o deputado Luiz Carlos Hauly (PR) afirmou hoje que a apropriação pelo governo do dinheiro do IR é um "sinal de perigo". Ainda segundo ele, ao mesmo tempo em que represa as restituições aos trabalhadores de todo o Brasil, o presidente Lula já teria recebido a sua restituição. O parlamentar afirmou também que a oposição estuda a possibilidade de entrar com ação no Supremo Tribunal Federal para impedir a decisão do governo de reter o IR. (Da redação com assesssorias/ Foto: Ag. Senado)

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