A ineficiência dos assentamentos rurais no país é mais uma prova da falência da política agrária brasileira. Foi o que afirmou o deputado Wandenkolk Gonçalves (PA) ao analisar os dados de pesquisa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) encomendada ao Ibope. “Não existe reforma agrária no Brasil, mas apenas uma distribuição indiscriminada de terras para fazer palanque. Muitos assentados estão mais interessados em cestas básicas e créditos prometidos pelo governo do que em terra para produzir. Ou seja, essa reforma é conversa fiada”, criticou o tucano.

“No Pará não existe um assentamento rural produtivo dos quase mil existentes. Eu já fiquei refém do MST e não vi nenhum sem-terra lá, mas apenas os sem-educação, sem-escola, sem-saúde, sem-estrada e sem-crédito rural. Os assentados ganham lotes, mas não tem estrutura para se desenvolver”, afirmou Wandenkolk.
O deputado acredita que a política agrária pode ser mudada a partir da melhoria de condições e da fiscalização dos assentamentos. “Não devemos abrir nenhum assentamento até consolidar os já existentes no Brasil. É preciso também fazer um diagnóstico e garantir o acesso a políticas públicas nas áreas de saúde, educação, estradas, assistência técnica e crédito rural dentro dos assentamentos”, apontou.
A pedido do 1º vice-líder do PSDB, deputado Duarte Nogueira (SP), o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Rolf Hachbart, prestará esclarecimentos aos integrantes da Comissão de Agricultura da Câmara sobre a ineficiência dos assentamentos rurais no próximo dia 28. (Reportagem: Alessandra Galvão/Foto: Eduardo Lacerda)
Um comentário:
A respeito de conversa fiada, as olimpiadas de 2016, o Nobel da Paz, etc... exemplos de que hoje no mundo mais vale uma promessa do que um feito.
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