13 de nov. de 2009

Hora de agir

Lúcia Vânia sugere ensino em tempo integral como arma contra as drogas

Depois de abordar a escalada do consumo de crack, numa análise focada especialmente na situação de Goiás, a senadora Lúcia Vânia (GO) apontou em plenário, nesta sexta-feira (13), a escola de tempo integral como alternativa para reduzir as chances de envolvimento das crianças e adolescentes com as drogas. Como estratégia frente ao problema, ela sugeriu ainda a incorporação do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) ao Programa Nacional de Segurança Pública (Pronasci).

Ajuda - "Uma vez em funcionamento, o Peti vai propiciar à família uma ajuda de custo para que cada criança fique na escola em tempo integral. Com isso, as chances dessa criança se envolver com a criminalidade são consideravelmente reduzidas", justificou.

A senadora relatou pedido recentemente encaminhado a ela por moradores do Conjunto Primavera em Goiânia (GO) exatamente no sentido da implantação do Peti nas escolas do bairro. No local, como relatou, traficantes vendem drogas, em especial o crack, em qualquer horário e em plena luz do dia.

O Peti foi criado quando Lucia Vânia dirigia a Secretaria Nacional de Assistência Social, órgão do então Ministério da Previdência e Assistência Social, no governo Fernando Henrique Cardoso. O objetivo foi garantir um segundo turno escolar para crianças em situação de trabalho, com aulas de reforço e atividades esportivas e recreativas. Atualmente, o programa integra o Bolsa-Família, que fundiu os diversos benefícios sociais de complemento de renda.

"Neste momento extremamente crítico, urge que os poderes públicos acordem e enfatizem efetivas políticas públicas que venham ao encontro de soluções duradouras e garantam à infância e adolescência brasileira o seu presente e o seu futuro", cobrou.

Lúcia Vânia observou que especialistas em saúde já estão tratando como epidemia o vício do crack no Brasil. Ela ressaltou que, no Pronto-Socorro Psiquiátrico Wassily Chuc, de Goiânia, um dos maiores hospitais públicos que atendem dependentes de drogas, o número de pacientes dependentes de crack teria triplicado nos últimos três anos: passou de 20% para 60% das internações por problemas com drogas. (Da redação com Agência Senado/ Foto: Ag. Senado)

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