13 de nov. de 2009

Desastre

Dilma precisa explicar apagão e queda de investimentos, diz Virgílio


O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), voltou a defender a vinda da chefe da Casa Civil e ex-ministra das Minas e Energia (2003-2005), Dilma Rousseff, ao Senado. Além do apagão de terça-feira, a petista terá que explicar a queda de investimentos no setor de energia elétrica. “Na sua gestão à frente do ministério, os investimentos caíram de R$ 20 bilhões para R$ 6 bilhões por ano. E, obviamente, isso repercutiu na produção de megawatts, em uma queda fora do comum”, apontou o tucano, que propôs a vinda dela na Comissão de Infraestrutura.

Pode vir sem receio - O senador citou dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel): entre 1999 e 2002, no segundo mandato do presidente FHC, foram gerados 14.248 MW. Entre 2003 e 2005, primeiro mandato de Lula, o número chegou a 14.592 MW. “Ou seja, apenas 300 MW a mais, em números redondos”, comparou. Além disso, segundo levantamento do jornal "O Globo" publicado nesta sexta-feira, o governo investiu somente 38% dos R$ 7,2 bilhões previstos para os sistemas de geração e transmissão de energia no ano.

Por tudo isso, segundo o líder tucano, é fundamental que Dilma e o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) compareçam ao Senado para prestar esclarecimentos. “Ela pode vir sem receio, porque só queremos explicação para o desastre ocorrido no setor elétrico. Ninguém vai fazer-lhe pergunta sobre a agenda da Lina Vieira, a ex-secretária da Receita Federal”, afirmou.

Já o senador Tasso Jereissati (CE) lembrou que governo tratou de dizer que a causa de tudo teriam sido raios no estado de São Paulo, hipótese questionada por especialistas inclusive do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). "Será que o maior sistema de transmissão de energia do Brasil não está preparado para tempestades e raios? É inacreditável. Isso é uma brincadeira. Eles nos tratam de maneira que todos nós fiquemos idiotizados, como se não tivéssemos capacidade de compreender as coisas ou de enxergar a um palmo adiante no nosso nariz", reprovou. (Da redação com Ag. Senado e assessoria/Foto: Ag. Senado)

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