O 1º vice-líder do PSDB na Câmara, deputado Duarte Nogueira (SP), questionou nesta terça-feira (24) o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, a respeito das irregularidades nas obras de terraplanagem da refinaria Abreu e Lima (PE), avaliada em US$ 12 bilhões. Gabrielli esteve hoje na Comissão Mista de Orçamento, onde falou por três horas.
Faltaram estudos prévios - Requerimento que o convocou a comparecer à comissão havia sido aprovado no início do mês por iniciativa do deputado Claudio Cajado (DEM-BA). As obras foram paralisadas por recomendação do TCU (Tribunal de Contas da União) depois que auditoria feita pelo órgão apontou superfaturamento e sobrepreço em drenagens feitas no terreno em contratos de R$ 429 milhões.Nogueira perguntou ao Executivo por que a Petrobras não promoveu estudos prévios que pudessem determinar com exatidão o tipo de solo que seria encontrado no local de construção da refinaria, localizada em Ipojuca (PE). O presidente da companhia não respondeu ao questionamento.
A estatal alega que parte da alteração nos custos deve-se à descoberta de um volume não estimado de “solo mole” durante as primeiras escavações. Para evitar maior gasto com a remoção dele, a estatal optou pela drenagem. Para o TCU, entretanto, isso não exime a empresa da ocorrência de superfaturamento.
Durante a CPI da Petrobras, o senador Sérgio Guerra (PE), presidente nacional do PSDB, também criticou o procedimento. "Toda a população daquela região sabe que o solo da área é mole. Só a Petrobras não sabia", reprovou. Auditorias do TCU realizadas na obra da refinaria apontaram superfaturamento de R$ 64,3 milhões. A elevação nos valores é uma das "coisas graves" apontadas pelo senador Sérgio Guerra no âmbito da CPI. (Da Agência Tucana)
Nenhum comentário:
Postar um comentário