Os deputados João Campos (GO) e Marcelo Itagiba (RJ) condenaram nesta segunda-feira (9) a omissão do governo Lula com a política de segurança pública no Brasil. Delegados de polícia, os tucanos afirmaram que a insuficiência de recursos contribui decisivamente para o cenário de corrupção e baixos salários dos policiais. Pesquisa do Ministério da Justiça em parceria com a ONU revelou que o policial brasileiro sofre internamente com tortura, assédio moral e baixa auto-estima devido à política de segurança equivocada.
Enxugar gelo - “O Brasil precisa de uma política pública séria e responsável que tenha uma visão não só de alcançar os delinquentes, mas que busque também a prevenção e repressão à criminalidade, a reestruturação dos órgãos de segurança e uma política definida de apoio ao policial, que é responsável pela segurança na outra ponta. Sem isso, nós vamos continuar enxugando gelo”, afirmou João Campos.
Segundo ele, o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), criado pelo governo Lula, não tem respondido às demandas satisfatoriamente. Ainda de acordo com Campos, a baixa auto-estima, a falta de estrutura e de política salarial se refletem nos resultados do trabalho policial. “O maior problema da segurança pública hoje é a falta de investimento. Nós temos tantos ministérios, mas não existe o da Segurança Pública ou a vinculação de recursos para a área. Se isso ocorresse, teríamos resultados promissores”, destacou.
Para Itagiba, as ações conduzidas pelo governo Lula durante os últimos sete anos foram insuficientes para mudar o quadro expresso pela pesquisa. "A falta de investimentos e a baixa remuneração dos policiais sem dúvida contribuem para essa realidade”, avaliou Itagiba.
O tucano é autor de uma Proposta de Emenda à Constituição que sugere a unificação das polícias militar e civil. Para o deputado, isso ajudaria a melhorar o índice de resolução dos crimes no país. “A unificação pode mudar consideravelmente esse cenário e acabar com essa verdadeira dicotomia das corporações: uma atuando no patrulhamento, outra na investigação”, defendeu.
Apenas 20,2% dos policiais se declararam a favor da manutenção do modelo atual, que mantém PM e Polícia Civil separadas. Para 34,4% dos policiais ouvidos, o ideal seria a unificação das duas forças, que seria encarregada de patrulhar, atuar em conflitos e também de investigar os crimes. (Reportagem: Alessandra Galvão/ Fotos: Du Lacerda)
Apenas 20,2% dos policiais se declararam a favor da manutenção do modelo atual, que mantém PM e Polícia Civil separadas. Para 34,4% dos policiais ouvidos, o ideal seria a unificação das duas forças, que seria encarregada de patrulhar, atuar em conflitos e também de investigar os crimes. (Reportagem: Alessandra Galvão/ Fotos: Du Lacerda)
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