9 de nov. de 2009

Investigação

CPI do Desaparecimento conhece experiências do PR e do DF


Nesta terça-feira (10), às 14h, a CPI do Desaparecimento de Crianças e Adolescentes da Câmara dos Deputados promove audiência pública para conhecer duas experiências de combate ao desaparecimento de crianças e prestação de assistência às famílias. Uma delas será relatada pela delegada Ana Cláudia Machado, responsável pelo Sistema de Investigação de Crianças Desaparecidas do Estado do Paraná (Sicride). A segunda convidada é a secretária de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda do Governo do Distrito Federal, Eliana Pedrosa.

Referência - O Sicride é a única unidade policial do país que tem a competência exclusiva de investigar o desaparecimentos de crianças. O Paraná é o estado com o menor número de casos de sumiços registrados e apresenta solução para quase todas as ocorrências. Segundo a relatora da CPI, deputada Andreia Zito (RJ), essa experiência exitosa torna o serviço de extrema importância para as investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito.

“Queremos conhecer um pouco melhor o trabalho realizado pela delegacia, como qual tipo de planejamento eles desenvolvem para reduzir os casos de desaparecimento no estado. Essas informações serão úteis para a CPI na hora de elaborar o conjunto de propostas ao final dos trabalhos da comissão. Afinal, essa é uma referência a ser considerada”, explica a parlamentar do PSDB.

No caso de Eliana Pedrosa, a ideia é conhecer um pouco mais sobre a iniciativa da Secretaria do GDF. "Queremos cruzar as informações que já colhemos na CPI, por meio do depoimento da delegada Gláucia Cristina da Silva Ésper, da Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente do Distrito Federal”, explicou Andreia Zito.

De acordo com a delegada, desde 2004 até o primeiro semestre deste ano, constam registros de 840 casos de crianças e adolescentes ainda informados como desaparecidos no DF. Destes, cerca de 55% são meninas e 45%, meninos. Uma margem de 45% do total de desaparecidos registrados é de crianças entre 12 e 14 anos de idade. Ainda segundo ela, 90% dos casos são de crianças que fugiram de casa. Gláucia ponderou que é fundamental estabelecer de quem é a responsabilidade nos casos de desaparecimento, citou o trabalho da Secretaria do GDF e criticou a atuação dos Conselhos Tutelares. (Da assessoria da CPI/Foto: Ivaldo Cavalcanti)

Nenhum comentário: