9 de nov. de 2009

Passaram dos limites

Para tucanos, Lula e Dilma revelam face autoritária em ataques à oposição

Parlamentares do PSDB rebateram ataques do presidente Lula e da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, feitos durante encontros do PCdoB e do PT neste fim de semana. Enquanto a candidata petista à Presidência usou termos como
"patética" e "esdrúxula" para qualificar a oposição, Lula comparou ações do PSDB ao nazismo de Hitler. “São eles que tem propensão ao autoritarismo. Essa irritação do presidente é porque colocamos o dedo na ferida do autoritarismo dele, que é avesso ao contraditório, à crítica e à fiscalização”, afirmou o líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), ao jornal "Folha de S. Paulo".

Não sabem o que falar - Para o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), os petistas excederam os limites com essas afirmações. “Patética é essa fixação em querer provar ao Brasil que Dilma é Lula. Faltaram argumentos e ideias na cabeça da ministra na hora daquele discurso. Isso é conversa de quem não sabe o que falar, é falta de experiência política”, contestou ao jornal "O Globo".

Já o deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP) afirmou que o governo petista não aceita críticas e possui um perfil totalitário desde a sua formação. “A primeira característica dos que não admitem oposição é agir dessa forma, com esse tipo de crítica sem fundamento e bem diferente daquelas feitas por nós, que possuímos toda uma base política e institucional para fazê-las. Ao contrário deles, sabemos o que falamos”, comparou nesta segunda-feira (9).

Ao criticar o teor da propaganda da gestão petista à frente do Palácio do Planalto, Pannunzio afirmou que nenhum governo se inspirou tanto com os nazistas. "De totalitarismo eles entendem muito bem”, resumiu.

Já o senador Alvaro Dias (PR) resumiu as declarações de Lula da seguinte maneira. "Nunca se viu na história desse país um presidente falar tanta bobagem". Em plenário, o tucano disse que os ataques ao PSDB são injustos e revelam desonestidade intelectual. "Não podemos aceitar passivamente que o presidente ofereça a cada dia lições que deveriam ser repudiadas pelos que acreditam no regime democrático", disse o senador. (Reportagem: Djan Moreno)

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