3 de dez. de 2009

Conferência do clima

PSDB defende metas obrigatórias de redução de gases do efeito estufa

Às vésperas da realização da Conferência do Clima em Copenhague (Cop 15), os deputados Antonio Carlos Mendes Thame (SP) e Ricardo Tripoli (SP) ainda acreditam que o governo brasileiro possa apresentar metas obrigatórias para diminuir a emissão de gases no planeta. Ambos participarão do encontro da Organização das Nações Unidas (ONU) em Copenhague e esperam que os países cheguem a um acordo e aprovem um lei de alcance universal para ajudar de forma decisiva no combate ao aquecimento global.

Desafio internacional - Encontrar respostas claras sobre como o mundo deve agir para reduzir as emissões é o principal desafio da COP 15, que ocorrerá de 7 a 18 de dezembro. Até o momento, o governo brasileiro anunciou apenas compromisso voluntário de reduzir suas emissões entre 36,1% e 38,9% até 2020. Para o mesmo período, os EUA anunciaram intenção de queda de 17%; China, de 40% a 45%; enquanto o índice do Japão é de 25%.

Integrante titular da Comissão do Meio Ambiente da Câmara, Thame alerta que a conferência não pode servir apenas para cada país expressar suas intenções voluntárias. "É fundamental discutir uma resolução que seja posteriormente ratificada pelos países e se transforme em lei de caráter internacional. Uma reunião da ONU não é para discutir questões meramente facultativas”, ressaltou. Para ele, o Brasil vai recuperar seu papel de protagonismo internacional nessa área se atuar para que haja dispositivos mensuráveis nas emissões.

Para Tripoli, reduzir os índices de poluição na atmosfera é um desafio mundial. “Há convergência de que devemos evitar a ampliação do aquecimento global e para que o planeta não sofra com desastres constantes como chuvas torrenciais, tufões, entre outros”, apontou. Segundo o tucano, a definição de metas obrigatórias somente será possível em caso de acordo entre os países.

Ambientalista, o parlamentar acredita que essa definição é vital para a preservação de um bem que pertence a todos. “A posição do PSDB é para que possamos ter uma meta ousada, estabelecida pelo governo, para que toda sociedade brasileira passe a cumpri-la. Precisamos buscar, por exemplo, a prioridade para o uso de energias alternativas. Isso é fundamental para reduzir os índices de poluição e melhorar a qualidade do ar”, ressaltou. (Reportagem: Letícia Bogéa/ Fotos: Du Lacerda)

Um comentário:

Unknown disse...

Acredito que estamos diante de uma grande oportunidade. Já que a conferência de Copenhague não chegou a uma conclusão satisfatória e considerando a projeção ascendente do Brasil no cenário internacional, vamos lançar a Conferência Internacional do Brasil - e trabalhar para nos tornarmos REFERÊNCIA no assunto até 2014.
RAFAEL ABUD
Presidente do Movimento
GRITO VERDE
abud.gritoverde@gmail.com