Polícia Rodoviária sofre com limitações para combater desaparecimentos
Durante depoimento à CPI dos Desaparecimentos nesta terça-feira (8), o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Hélio Derenne, reclamou da falta de efetivo policial e da pouca interação entre as polícias para o combate ao sumiço de crianças e adolescentes no país.
Exploração sexual - Derenne foi convidado pela relatora da CPI, deputada Andreia Zito (RJ), para esclarecer as ações da Polícia Rodoviária no combate a esse problema nas estradas de todo o país. Questionado pela tucana sobre as possíveis ações da PRF à CPI, ele considerou ser possível a polícia tratar melhor o tema.
“Criamos uma Comissão Nacional de Direitos Humanos para ajudar na conscientização dos policiais frente aos crimes ligados a esta área. Se tivéssemos efetivo suficiente, poderíamos criar um colegiado específico sobre a questão tema desta CPI, ou até mesmo sobre a exploração sexual, que identificamos como um dos principais fatores que levam ao desaparecimento”, afirmou.
Ainda segundo ele, há ligações entre os desparecimentos e o trabalho escravo, adoções ilegais, tráfico de seres humanos, exploração sexual e tráfico de órgãos humanos. O diretor ainda alertou para dificuldades orçamentárias enfrentadas pela PRFe sugeriu a criação de Grupos de Trabalho Integrados com a presença de todas as polícias. “Peço anualmente R$ 500 milhões, fora a parte de pessoal, e o Ministério da Justiça me passa somente R$ 180 milhões. Não há como investir muito", lamentou.
Para Andreia Zito, o depoimento contribuirá para estabelecer um panorama de responsabilidades a ser expresso no relatório final da CPI. “Sabemos que as estradas são caminhos certos por seqüestradores. Era fundamental entender o trabalho da PRF para tentar traçar uma proposta de ação mais efetiva no combate ao tráfico de menores pelas rodovias”, explicou a relatora.
O diretor comprometeu-se ainda a pedir à Comissão de Direitos Humanos da Polícia Rodoviária Federal a elaboração de um conjunto de sugestões a ser entregue à comissão de inquérito. (Da redação com assessoria/Foto: Ag. Câmara)
8 de dez. de 2009
Fragilidade
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Andreia Zito
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