Deputados apontam saídas para combater elevada reprovação de crianças
Segundo Ruy Pauletti, além da falta de preparação dos professores, muitas escolas estão sucateadas e sem o número adequado de salas de aula. Para mudar esse quadro, o tucano defende mais parcerias com as entidades privadas. "Além de sair mais barato, as crianças seriam melhor atendidas", argumentou o tucano, que já atuou em sala de aula nos ensinos fundamental e médio e como reitor da Universidade de Caxias do Sul (RS).
“Os professores saem mal formados das escolas, sem nenhum treinamento e nem avaliação específica de suas habilidades para poder exercer a função de magistério. Hoje temos um corpo docente mal qualificado, currículos defasados e mal remuneração do educador”, ressaltou.
O tucano atribuiu a essas deficiências à falta de planejamento dos governos que, segundo ele, não se preocuparam com o processo de qualidade de ensino. “É lastimável a situação que se encontra a qualidade educacional no país. É preciso mudar esse quadro”, apontou. (Reportagem: Letícia Bogéa/ Fotos: Eduardo Lacerda)
Diante do elevado número de crianças de seis anos reprovadas nas escolas basileiras, o deputado Professor Ruy Pauletti (RS) criticou o governo federal nesta terça-feira (23) pela falta de capacitação dos professores para trabalhar nessa série inicial. Ainda segundo o tucano, a falta de infraestrutura nas escolas e de planejamento por parte do MEC também provocou os maus resultados. Com vasta experiência no setor, o parlamentar apontou saídas para combater esse problema.
Números preocupantes - Segundo reportagem da "Folha de S. Paulo", crianças de seis anos têm sido reprovadas no país depois que essa faixa etária passou a integrar o ensino fundamental. Conforme dados inéditos do Ministério da Educação (MEC) obtidos pelo jornal, 79 mil alunos do novo primeiro ano da educação fundamental não passaram de ano em 2008. O número representa 3,5% das matrículas dessa série.
Até 2005, o antigo primário começava aos sete anos. Uma lei daquele ano antecipou o início para os seis anos com o objetivo de garantir mais anos de estudo para alunos pobres, que não tinham acesso à pré-escola. A transição terminou agora em 2010.
Na avaliação do tucano, se houvesse melhor planejamento por parte do governo o número de crianças reprovadas no país seria menor. “Esses dados são lamentáveis e refletem o estado da atual administração da educação no país, na qual as coisas são feitas sem o devido planejamento”, frisou.
Na avaliação do tucano, se houvesse melhor planejamento por parte do governo o número de crianças reprovadas no país seria menor. “Esses dados são lamentáveis e refletem o estado da atual administração da educação no país, na qual as coisas são feitas sem o devido planejamento”, frisou.
Segundo Ruy Pauletti, além da falta de preparação dos professores, muitas escolas estão sucateadas e sem o número adequado de salas de aula. Para mudar esse quadro, o tucano defende mais parcerias com as entidades privadas. "Além de sair mais barato, as crianças seriam melhor atendidas", argumentou o tucano, que já atuou em sala de aula nos ensinos fundamental e médio e como reitor da Universidade de Caxias do Sul (RS).
Mas em vez de atacar as causas do problema, o MEC quer vetar a reprovação de crianças de seis anos, pois entende que o novo primeiro ano é apenas um início de alfabetização. O temor, justifica o ministério, é prejudicar uma criança tão jovem por toda a vida escolar. Na avaliação de Pauletti, o critério do mérito na educação deve continuar.
Para o deputado Eduardo Barbosa (MG), após o país alcançar a universalização do ensino fundamental, deveria se preocupar com a qualidade de ensino. Segundo ele, o grande desafio agora é trabalhar na elevação da qualificação dos professores.“Os professores saem mal formados das escolas, sem nenhum treinamento e nem avaliação específica de suas habilidades para poder exercer a função de magistério. Hoje temos um corpo docente mal qualificado, currículos defasados e mal remuneração do educador”, ressaltou.
O tucano atribuiu a essas deficiências à falta de planejamento dos governos que, segundo ele, não se preocuparam com o processo de qualidade de ensino. “É lastimável a situação que se encontra a qualidade educacional no país. É preciso mudar esse quadro”, apontou. (Reportagem: Letícia Bogéa/ Fotos: Eduardo Lacerda)
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