Campanha da Fraternidade defenderá uma economia a serviço da sociedade, diz Gomes de Matos
Em pronunciamento nesta terça-feira (23), o deputado Raimundo Gomes de Matos (CE) afirmou que a Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano dará a oportunidade para a reflexão de um tema que o tucano considera bastante atual: "Economia e Vida". Com o lema "Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro", a mobilização foi aberta oficialmente na última quarta-feira (17) em Brasília. "O objetivo desta campanha é unir Igrejas Cristãs e pessoas de boa vontade na promoção de uma economia a serviço da vida humana, sem exclusões, criando uma cultura de solidariedade e paz", afirmou o parlamentar.
Diretrizes - Conforme explicou, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) estima alcançar 40 milhões de fiéis em mais de 14 mil paróquias e templos, além de promover encontros com entidades representativas do setor empresarial, num esforço de re-educação para conter o consumo desenfreado, a cultura do desperdício e do individualismo que, ao lado das variáveis sócio-econômicas, contribuem para o aumento das desigualdades e pobreza no país.
Além disso, Gomes de Matos acredita que a campanha ajudará a levantar outros temas. "Mesmo não estando a princípio no centro das discussões, a crise econômica que chegou ao Brasil no ano passado entrará nos debates, a fim que se possa avaliar onde houve falhas, se elas persistem e como os poderes constituídos, e a sociedade civil podem superá-las", exemplificou.
Ainda de acordo com o tucano, uma das diretrizes da campanha já vinha sendo discutida no Congresso Nacional e, no último dia 4 de fevereiro, resultou na promulgação da Emenda Constitucional 64/2001. "Trata-se da inclusão da alimentação no conjunto de direitos sociais assegurados na Constituição. Uma luta que contou com a nossa defesa e mobilização junto à sociedade e que agora deve voltar-se para outras lutas tão importantes como essa, a exemplo da erradicação do analfabetismo e do combate ao trabalho infantil e escravo", destacou.
O deputado espera que a Campanha da Fraternidade Ecumênica seja também um excelente momento de mobilização de igrejas cristãs, Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e sociedade para ações eficazes que protejam a dignidade humana dos mais pobres e em situação de risco. "E nesta perspectiva, a Economia Solidária é uma estratégia de inclusão socioeconômica que precisa ser melhor equacionada pelas políticas sociais praticadas pelo governo e pelas organizações não governamentais", recomendou. (Reportagem: Marcos Côrtes/Foto:Ag. Câmara)
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23 de fev. de 2010
Boa reflexão
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Raimundo Gomes de Matos
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