26 de fev. de 2010

Em frangalhos

Albano Franco cobra recuperação das rodovias e dos portos

Em pronunciamento na última quinta-feira (25), o deputado Albano Franco (SE) alertou para a situação precária dos portos e rodovias no país e cobrou agilidade do governo federal para solucionar os problemas. De acordo com o tucano, as inúmeras estradas já estavam em condições ruins e agora, em razão das chuvas de verão, sofreram mais estragos. Em relação aos portos, o parlamentar disse que a precária infraestrutura tem castigado a vida das empresas que dependem do comércio exterior.

Corrida de obstáculos - Segundo a revista "Isto É", em 2009, apesar da crise financeira ter arrefecido a demanda global, muitas companhias sofreram para embarcar ou desembarcar suas mercadorias. A operação virou uma "corrida de obstáculos", que envolveu a falta de estrutura dos acessos rodoviários, ferroviários e marítimos, excesso de burocracia, custos elevados dos serviços, baixa frequência de navios e falta de contêineres para o transporte da carga.

O tucano destacou pesquisa feita pelo Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos) com 187 grandes empresas instaladas no país mostrando que a conjunção desses problemas torna inviável o uso de alguns portos. Por isso, grande parte das companhias é obrigada a recorrer a portos de outros estados para exportar seus produtos. Dos grupos consultados entre outubro e dezembro do ano passado, 23% não conseguiram usar algum terminal no país e tiveram de mudar sua rota tradicional.

O deputado citou como exemplo o caso do algodão produzido no oeste baiano. A rota mais econômica para transportar o produto seria pelo porto de Salvador, que fica a 850 km da região. Mas, por falta de capacidade do terminal, os produtores estão sendo obrigados a percorrer quase 1.700 km até o porto de Santos, maior complexo portuário da América Latina, responsável por 27% do comércio exterior brasileiro.

Conforme explicou o diretor do Ilos, Paulo Fecury, o porto recebe carga de toda parte do Brasil e, às vezes, não consegue dar conta de toda essa movimentação, especialmente por causa de restrições na estrutura física, como o acesso rodoviário, ferroviário e dos canais de navegação.


“O governo federal precisa agir com rapidez que o caso requer, no sentido de promover a recuperação, principalmente da infraestrutura rodoviária do país, e enfrentar com a máxima urgência as deficiências existentes nos portos brasileiros. Sem essas medidas, dificilmente poderemos estimular as exportações e buscarmos resultados satisfatórios na nossa balança comercial”, concluiu Albano. (Reportagem: Letícia Bogéa/ Foto: Ag. Câmara)

Nenhum comentário: