12 de mai. de 2010

Gastança continua

Líder reprova criação de órgãos para coordenar Olimpíadas de 2016

O líder do PSDB na Câmara, deputado João Almeida (BA), criticou nesta quarta-feira (12) a criação, pelo governo Lula, da Autoridade Pública Olímpica (APO) e da Empresa Brasileira de Legado Esportivo S.A. - Brasil 2016. Os órgãos têm como suposto objetivo planejar e executar ações relacionadas aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.

Segundo Almeida, ao invés de procurar soluções nos ministérios responsáveis, a lógica do Planalto é ampliar a estrutura do governo, medida que não resolverá o problema da lentidão nos preparativos para a competição. "Até agora não se viu a ação do governo para garantir a realização do evento nas condições desejáveis e capazes de projetar o nome do Brasil. E, certamente, a criação de mais órgãos não ensejará essa possibilidade”, condenou o líder tucano da tribuna.

De acordo com o parlamentar, a conta a ser paga por conta da abertura de mais cargos recairá mais uma vez para o cidadão. “Há de se perguntar: de onde vem o dinheiro? E aí vamos pendurar para o contribuinte pagar, porque é o Orçamento da União que precisará arcar com esse custo”, alertou.

O deputado lembrou ainda que as atribuições de financiar o esporte no Brasil e planejar a realização de eventos dessa natureza são responsabilidade dos ministérios do Esporte e o do Turismo. “Qual a necessidade de criação de mais órgãos? Para fugir da ineficiência dos que já existem? Certamente não vai resolver. Foram criados vários ministérios neste governo, mas eles não servem, são inúteis e incapazes”, concluiu Almeida.

Custo milionário
De acordo com a Rádio BandNews, somente a Autoridade Pública Olímpica custará R$ 95 milhões aos cofres do governo e terá 496 cargos. A APO é um consórcio público interfederativo que integrará esforços do governo federal, do Estado do Rio de Janeiro e da prefeitura da capital carioca para a realização dos jogos. Com previsão de extinção em 2018, a APO será regida pela medida provisória que autoriza a União a participar do consórcio. Vinculada ao Ministério do Esporte, a Empresa Brasil 2016 também foi concebida via MP e funcionará como órgão executor dos projetos ligados ao torneio.

(Reportagem: Alessandra Galvão/Foto: Ag. Câmara)

Ouça aqui o boletim de rádio

Nenhum comentário: