19 de mai. de 2010

Protesto na Câmara

Omissão do presidente da Funai acirra ânimos, alerta Luiz Carlos Hauly


O deputado Luiz Carlos Hauly (PR) acusou o presidente da Funai, Márcio Meira, de provocar discórdia e uma guerra desnecessária entre os povos indígenas desde dezembro, quando foi editado decreto para reestruturar a fundação. Em discurso nesta quarta-feira (19), o tucano criticou a omissão de Meira. Ele não compareceu a duas audiências públicas na Câmara e a uma no Senado. “Este é um presidente da Funai que não dialoga nem com parlamentares, nem com os índios”, reprovou. Nesta tarde, indígenas se desentendeu com a segurança da Câmara quando foram barrados ao tentar entrar no Plenário.

Hauly já apresentou projeto para que o decreto da Funai seja anulado. O tucano também defende a demissão do presidente da Funai e a derrubada da emenda que cria o Conselho Nacional de Política Indigenista para que todos os índios possam voltar para casa. “Com isso, acaba o conflito e a tensão que está havendo no Congresso e em frente a ele”, afirmou.

Os índios percorrerem quilômetros para vir a Brasília negociar e estão passando fome, frio, vergonha e humilhação. O deputado ressaltou ainda que a Câmara recebe todas as etnias e pessoas de todos os cantos. “Os índios merecem respeito", defendeu.

Caciques e lideranças de nações indígenas se reuniram à tarde com o vice-presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e parlamentares de várias legendas para informar que são radicalmente contra a emenda aprovada no Senado que cria o Conselho Nacional de Política Indigenista. “Introduzida de forma inoportuna, sua aprovação desencadeará uma guerra dos índios contra o Parlamento e a Presidência da República”, alertou Hauly. À noite, o plenário da Câmara acabou derrubando essa emenda. (Da assessoria do deputado/Foto: Ag. Câmara)

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