“Inauguração” de terreno baldio no Pará não passa de ato eleitoreiro de Lula
Os deputados Zenaldo Coutinho (PA) e Wandenkolk Gonçalves (PA) criticaram nesta quarta-feira (23) o presidente Lula por “inaugurar” um terreno baldio no Pará e comandar um comício realizado num estádio a favor da governadora petista Ana Júlia Carepa. Na avaliação dos tucanos, a intenção do presidente não foi apresentar obra alguma, mas anunciar novas promessas e tentar impulsionar a campanha da petista à reeleição.
Segundo reportagem do jornal "O Estado de São Paulo", Lula anunciou em Marabá apenas o início da terraplenagem para construção de uma usina siderúrgica da Vale. O ato ocorreu num palanque montado em um terreno desocupado da Transamazônica. No entanto, após o evento, um diretor da empresa admitiu que, até o fim do ano, a obra não passará dessa terraplenagem.
Wandenkolk avalia que a “inauguração” é mera enganação. “Essa área para a construção da siderúrgica enfrenta várias ações judiciais por parte do Ministério Público e não tem licença ambiental”, avisou. “O que o presidente foi fazer lá se é uma estrutura privada que não tem nada a ver com os governos?”, questionou. Para ele, o ato foi mais uma tentativa de enganar a população para tentar alavancar a candidatura de Ana Júlia Carepa.
Já o deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP) afirmou que a viagem do petista representa um escárnio à legislação. O tucano disse que até agora só houve gastos com essa obra. O governo do Pará pagou R$ 60 milhões em indenizações a 60 fazendeiros. No entanto, metade desse valor, R$ 30 milhões, irão para os bolsos de apenas dois deles.
Houve ainda uma passeata de mais de 100 pessoas pelas ruas centrais da Altamira em protesto pela construção da Usina de Belo Monte. No estádio onde ocorreu o comício, a petista também teve que ouvir muitas vaias por causa dessa hidrelétrica. (Reportagem: Letícia Bogéa/ Fotos: Eduardo Lacerda)
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Os deputados Zenaldo Coutinho (PA) e Wandenkolk Gonçalves (PA) criticaram nesta quarta-feira (23) o presidente Lula por “inaugurar” um terreno baldio no Pará e comandar um comício realizado num estádio a favor da governadora petista Ana Júlia Carepa. Na avaliação dos tucanos, a intenção do presidente não foi apresentar obra alguma, mas anunciar novas promessas e tentar impulsionar a campanha da petista à reeleição.
Segundo reportagem do jornal "O Estado de São Paulo", Lula anunciou em Marabá apenas o início da terraplenagem para construção de uma usina siderúrgica da Vale. O ato ocorreu num palanque montado em um terreno desocupado da Transamazônica. No entanto, após o evento, um diretor da empresa admitiu que, até o fim do ano, a obra não passará dessa terraplenagem.
Para Zenaldo, a presença do presidente no terreno baldio não contribuiu em nada para o estado. “O objetivo foi fazer campanha eleitoral para a candidata petista, Dilma Rousseff, e para a governadora”, ressaltou. O parlamentar lembrou que essa obra faz parte de uma lista de promessas feitas nas eleições de 2006, no Pará, que dificilmente serão cumpridas.
“O governo não gastou e nem vai gastar nada na execução desse empreendimento, pois ele é privado. O governo do PT tem uma capacidade extraordinária de se apoderar de tudo que é dos outros. Até das obras privadas eles querem a paternidade. É uma vergonha, uma lástima e um desserviço à democracia” ressaltou, ao alertar para a tentativa de iludir os eleitores paraenses.
“O governo não gastou e nem vai gastar nada na execução desse empreendimento, pois ele é privado. O governo do PT tem uma capacidade extraordinária de se apoderar de tudo que é dos outros. Até das obras privadas eles querem a paternidade. É uma vergonha, uma lástima e um desserviço à democracia” ressaltou, ao alertar para a tentativa de iludir os eleitores paraenses.
Wandenkolk avalia que a “inauguração” é mera enganação. “Essa área para a construção da siderúrgica enfrenta várias ações judiciais por parte do Ministério Público e não tem licença ambiental”, avisou. “O que o presidente foi fazer lá se é uma estrutura privada que não tem nada a ver com os governos?”, questionou. Para ele, o ato foi mais uma tentativa de enganar a população para tentar alavancar a candidatura de Ana Júlia Carepa.
Já o deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP) afirmou que a viagem do petista representa um escárnio à legislação. O tucano disse que até agora só houve gastos com essa obra. O governo do Pará pagou R$ 60 milhões em indenizações a 60 fazendeiros. No entanto, metade desse valor, R$ 30 milhões, irão para os bolsos de apenas dois deles.
Houve ainda uma passeata de mais de 100 pessoas pelas ruas centrais da Altamira em protesto pela construção da Usina de Belo Monte. No estádio onde ocorreu o comício, a petista também teve que ouvir muitas vaias por causa dessa hidrelétrica. (Reportagem: Letícia Bogéa/ Fotos: Eduardo Lacerda)
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