11 de ago. de 2009

Comissão geral

Aníbal sugere medidas para Câmara ajudar no combate à gripe suína

Por sugestão do líder do PSDB, deputado José Aníbal (SP), a Câmara realizou nesta terça-feira uma comissão geral para discutir medidas de combate à gripe A (H1N1) com a presença de parlamentares, autoridades e especialistas. Durante o debate, o tucano sugeriu uma reunião dos líderes partidários com o objetivo de adotar ações que podem ser tomadas pela Câmara com vistas a ajudar na solução do problema. Também seriam convidados para este encontro o coordenador da Frente Parlamentar de Saúde e os presidentes das comissões de Seguridade Social e Família e de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática.

POPULAÇÃO ESTÁ PREOCUPADA

“A Câmara pode ter uma atuação pontual para ajudar a resolver as questões pendentes", explicou Aníbal. Para o líder, o fortalecimento do Plano Nacional de Auto-Suficiência em vacinas pode ser uma resposta importante, inclusive com ações pontuais, como incentivos fiscais, isenções à importação e alocação de recursos do orçamento. O líder também defendeu a produção da vacina no Brasil “sem nenhum tipo de dependência externa”.

Segundo o líder, o grande desafio, considerando que a pandemia já está instalada, é a produção da vacina. “Precisamos propor algo imediatamente que favoreça a fabricação. A população está preocupada e ansiosa. Os agentes públicos estão agindo de forma competente, mas é preciso melhorar algumas medidas”, avaliou.

O primeiro-secretário da Câmara, Rafael Guerra (MG),acertou a aquisição do remédio adequado para o tratamento da nova gripe (Tamiflu), com apoio do Ministério da Saúde. "Na Câmara circulam diariamente 20 mil pessoas e queremos estar preparados também para atender essa população", explicou Guerra, que é médico. Além disso, a Casa tomou providências, como a oferta de álcool gel nas entradas dos edifícios para limpeza das mãos e a colocação em alerta de seu serviço de saúde para detectar possíveis infectados.

Em seu pronunciamento, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse que não há motivo de pânico por causa da nova gripe. Segundo ele, a reação não é benéfica para o país e o ministério está agindo de acordo com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Mas Aníbal alertou que as perspectivas de contaminação não são nada desprezíveis. “O processo de transmissão vai ocorrendo pouco a pouco. Os otimistas dizem que 15% da população pode ser contaminada, outros dizem 30%, os mais pessimistas imaginam 50%”, enumerou.

Nesta terça-feira o Brasil recebeu os primeiros lotes da matéria-prima para a produção de vacinas contra a gripe A, que deve começar a ser fabricada em outubro pela Fundação Butantan. No Brasil, 192 pessoas morreram em decorrência da doença. No mundo, foram registradas 1.554 mortes. (Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: Eduardo Lacerda) (texto atualizado às 19h50)

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