11 de ago. de 2009

Esclarecimentos necessários

Alvaro Dias volta a defender ida de Lina Vieira ao Congresso

O senador Alvaro Dias (PR) manifestou nesta terça-feira discordância com relator da CPI da Petrobras, Romero Jucá (PMDB-RR), que disse ter ficado satisfeito com informações prestadas pelo secretário interino da Receita, Otacílio Dantas Cartaxo, sobre a decisão da Petrobras de mudar o regime de recolhimento de impostos para evitar prejuízos decorrentes das variações cambiais. Ainda segundo Jucá, não há necessidade de convocar a ex-secretária da Receita Lina Vieira ou representante da Petrobras para falar sobre o assunto.

Divergências - Em reunião da CPI hoje, o tucano apresentou nota de esclarecimento assinada pela assessora de comunicação da SRF, Valéria Cristina Barbosa, e divulgada pelo site da Petrobras no último dia 11 de maio, afirmando que a empresa não poderia ter optado pela mudança após o início do ano fiscal. O senador assinalou que a nota foi retirada do site após a denúncia de que a empresa estaria utilizando um "truque contábil" para sonegar impostos.

Jucá apresentou uma segunda nota, do dia 21 de maio, negando qualquer irregularidade na Petrobras. Mas Alvaro alegou que a divergência entre os dois documentos já seria motivo suficiente para convocar a ex-secretária Lina Vieira para esclarecer o que realmente ocorreu.

Além disso, os tucanos querem esclarecimentos sobre a afirmação de Lina de que a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, teria pedido a ela para agilizar as apurações do Fisco nas empresas da família Sarney. A oposição insiste na convocação da ex-secretária, seja na CPI da Petrobras ou em outra comissão do Congresso.

Depois de sucessivas negativas da ministra Dilma sobre o encontro com Lina, o presidente Lula assegurou que a técnica que dirigiu o Fisco nacional por onze meses “fantasiou”. Hoje Lina rebateu a ambos dizendo que em sua biografia “não há mentiras”. Para Alvaro, a convocação dela é indispensável não só para esclarecer os artifícios usados pela Petrobras para pagar menos impostos - o que teria contribuído para a demissão de Lina - mas também para relatar esse suposto encontro com Dilma. “Ela tem muito a dizer”, resumiu o tucano. (Da redação com agências)

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