PSDB recorrerá contra arquivamento de denúncias em Conselho
O presidente do Conselho de Ética do Senado, Paulo Duque (PMDB-RJ), decidiu nesta quarta-feira pela inadmissibilidade de três denúncias apresentadas pelo líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), contra José Sarney (PMDB-AP). Ele também optou pelo engavetamento das duas primeiras representações encaminhadas pelo PSOL contra Sarney e o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Os tucanos recorrerão da decisão de Duque, um aliado declarado de Sarney.
Contradições - O conselho se reuniu pela primeira vez este ano para discutir os diversos argumentos apresentados contra o presidente da Casa por quebra de decoro parlamentar e prática de atos ilícitos. Ao todo, foram apresentadas 11 peças: cinco representações encaminhadas pelo PSDB, duas pelo PSOL e seis denúncias movidas por Virgílio.
Dos 15 senadores titulares do colegiado, apenas cinco são da oposição, sendo dois tucanos: Sérgio Guerra (PE) e Marisa Serrano (MS). Para o líder do PSDB, quando os recursos contra as decisões de Duque forem examinados no plenário o resultado poderá ser diferente. "Não sei se vai ser uma coisa tão fácil assim eles arquivarem, liminarmente, no plenário, todas essas denúncias que estão sendo minimizadas pelo presidente do conselho", afirmou .
A reunião do conselho chegou a ser interrompida para que os senadores acompanhassem discurso de defesa de Sarney no plenário. Para a oposição, o pronunciamento não convenceu. Guerra disse que não via fato novo, enquanto Marisa avaliou que o discurso não esclarecia as denúncias amplamente divulgadas pela imprensa. Virgílio disse ter visto contradições, já que Sarney alegou desconhecer pessoas nomeadas pelo Senado, como Rodrigo Cruz, genro de Agaciel Maia, ex-diretor do Senado. O tucano lembrou que o presidente da Casa foi padrinho de casamento de Rodrigo. (Da redação com Agência Tucana/ Foto: Ag. Senado)
5 de ago. de 2009
Engavetamento questionado
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Arthur Virgílio,
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