Deputados destacam potenciais ambiental e econômico do etanol
Durante encontro nos Estados Unidos promovido pela Universidade George Washington e pelo Congresso norte-americano, os deputados Antonio Carlos Mendes Thame (SP) e Luiz Carlos Hauly (PR) defenderam a produção do etanol com sustentabilidade e destacaram o potencial econômico do produto. O deputado Maurício Rands (PT-PE) também participou da comitiva.
Abertura de mercado - Segundo Thame, um dos palestrantes do encontro, o evento foi mais um passo na luta em defesa da abertura de mercado para os biocombustíveis no mercado norte-americano, hoje protegido por uma forte política protecionista. O tucano criticou a timidez do governo Lula nesta questão. “O Itamaraty deveria ser mais incisivo e entrar com mais força em defesa de nossos interesses comerciais”, apontou nesta sexta-feira.
Thame notou que parlamentares norte-americanos estão começando a perceber que não conseguirão segurar por muito tempo essa política protecionista, principalmente contra o Brasil. “Já estão tomando consciência de que os subsídios aos produtores estão sendo muito onerosos à população”, avaliou. Em sua opinião, há a possibilidade de uma cooperação promissora. “Juntos os dois países têm produção suficiente para abrir mercados”, apontou o tucano, que destacou a importância para essa luta de o Brasil estar à frente do Fórum Interparlamentar das Américas (Fipa).
Já o deputado Luiz Carlos Hauly lembrou que era necessário desmistificar essa ideia de que a produção do etanol prejudicaria o meio ambiente em virtude dos desmatamentos. “Um dos nossos principais pontos era derrubar essas bobagens. O Brasil não planta na Amazônia, não tem cana-de-açúcar por lá. E tem uma nova legislação do Governo Federal determinando que nem no Pantanal e nem na Amazônia deve haver plantação de cana e usinas”, disse.
O tucano ressaltou que o etanol brasileiro é destacado no cenário mundial e tem uma entrada enorme na economia nacional. “Deixamos bem claro que o nosso etanol de cana-de -açucar é o melhor do mundo, já que nos EUA eles fazem o álcool com base no milho, um pouco inferior. Para a questão ambiental, o nosso produto é muito positivo. E no Brasil o etanol já abastece 50% das frotas brasileiras, seja no flex, no álcool puro ou até mesmo na adição da gasolina. Em breve ele estará no diesel”, frisou.
Antes de seguir para os EUA, Hauly esteve em Ottawa (Canadá), onde foi reconduzido à presidência do Fipa. Ele foi o escolhido para coordenar por mais dois anos os trabalhos da plenária, em cerimônia onde esteve presente o senador Eduardo Azeredo (MG). Nesse último encontro, participaram 22 delegações, 80 parlamentares e mais de 30 observadores internacionais, incluindo chineses e russos. (Reportagem: Rafael Secunho e Marcos Côrtes/ Fotos: Eduardo Lacerda)
Um comentário:
Essa historia do milagre do etanol é uma balela gigante. Tudo bem que o Brasil produza etanol para o mercado interno e até parte para exportação. Agora achar que etanol é uma maravilha, faz favor. Primeiro é uma tecnologia que pode ser implementada com varios produtos agricolas como milho, etc. Depois emprega uma mão de obra que trabalha em condiçoes desumanas, que tenho certeza nenhum engravatado suportaria 2 horas. Depois é nocivo ao ambiente, porque embora como disse o deputado não plantemos cana na Amazonia, estamos plantando em Goias, por exemplo, destruindo regiões preservadas do cerrado, outro bioma extremamente importante pro país. E por último, quem mesmo são as empresas que produzem etanol? Um mercado cada dia mais concentrado, que está se transferindo gradativamente para mão de investidores estrangeiros. Acorda, Brasil
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