6 de out. de 2009

Fundo Social do pré-sal

Emanuel cobra mais investimentos privados em tecnologia

Em audiência da Comissão Especial que estuda o projeto do governo que cria o Fundo Social do Pré-Sal, o deputado Emanuel Fernandes (SP) cobrou mais investimentos privados na área de tecnologia do Brasil. Segundo o tucano, os recursos do fundo podem ser muito úteis no setor de ciência e tecnologia, uma das áreas que seriam contempladas segundo a proposta do governo Lula em debate no Congresso. No entanto, o parlamentar acredita ser necessário estimular os investidores externos.

Menos valor agregado - “Tem muita gente entrando no mercado de consumo de commodities na Ásia e na Índia e isso tem aumentado nossas exportações. Mas proporcionalmente o nosso valor agregado em produtos tecnológicos na pauta de exportações tem diminuído. O sapo pula por precisão, e não por boniteza, como diz Guimarães Rosa. É preciso investir em algo que funcione, e não simplesmente em algo bonito aos olhos da população”, destacou.

De acordo com o deputado, o Parque Tecnológico de São José dos Campos – cidade onde foi prefeito por oito anos – conta atualmente com investimentos da Vale, que vai aplicar US$ 400 milhões em motores e turbinas para gerar energia para Amazônia. Segundo Emanuel, falta ao Brasil um plano similar ao extinto Plano Brasileiro de Produtividade e Qualidade (PBPQ), que foi criado durante o Governo Collor para estimular o setor privado.

A reunião do colegiado contou com a participação do secretário executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Mota, e do presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Marco Antônio Raupp. Os convidados explicaram de que maneira os recursos que vão para o fundo social podem ser usados em tecnologia. Mota destacou a criação da Sibratec, o Sistema Brasileiro de Tecnologia, que segundo ele teria um papel fundamental no setor, a exemplo do impacto da Embrapa no setor agropecuário.

De acordo com o projeto do Executivo, o Fundo Social seria vinculado à Presidência da República e serviria como fonte regular de recursos não somente para ciência e tecnologia, mas também para a educação, cultura e meio ambiente. (Reportagem: Rafael Secunho/Foto: Eduardo Lacerda)

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