A CPI dos Desaparecidos aprovou nesta quarta-feira (10) requerimento do deputado Vanderlei Macris (SP) convidando o recém-empossado ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, a prestar esclarecimentos à comissão sobre as políticas adotadas pela pasta no combate e prevenção aos sumiços no país. Barreto também dará explicações sobre a entrada da Polícia Federal nas investigações do sumiço de seis adolescentes em Luziânia (GO) e dos motivos de não ter recebido os deputados da CPI na última quinta para a entrega do pedido de entrada da PF no caso.
“A presença do ministro é importante porque a comissão precisa entender o que tem sido feito contra os desaparecimentos. No caso específico de Luziânia, pedimos a entrada da Polícia Federal e queremos saber como será essa participação, que mesmo tendo sido anunciada ainda não foi explicada", apontou o tucano (foto). Macris também classificou de "preocupante" a lentidão nas investigações desses casos em Goiás e a atitude do ministro de não receber a comitiva. Para ele, a postura de Barreto põe em risco a credibilidade do Parlamento.
O requerimento do tucano seria de convocação, mas minutos antes da votação houve a transformação para convite a pedido da assessoria do ministério. O parlamentar do PSDB acatou o pedido, já que Barreto se comprometeu a participar de audiência com os parlamentares no dia 2 de março às 14h.
“Esperamos que o compromisso seja cumprido. Queremos, junto com o ministro, encontrar caminhos para que as investigações sobre desaparecimentos se iniciem logo após o comunicado das famílias à polícia. Não é possível se repetir o mesmo que aconteceu em Luziânia, onde a Polícia Civil só tomou uma atitude após o terceiro sumiço, quase 15 dias após o primeiro”, afirmou.
“Esperamos que o compromisso seja cumprido. Queremos, junto com o ministro, encontrar caminhos para que as investigações sobre desaparecimentos se iniciem logo após o comunicado das famílias à polícia. Não é possível se repetir o mesmo que aconteceu em Luziânia, onde a Polícia Civil só tomou uma atitude após o terceiro sumiço, quase 15 dias após o primeiro”, afirmou.
Se o ministro não comparecer à audiência, o requerimento de convocação deve voltar à pauta da CPI. Os integrantes da comissão encaminharam à Presidência da Câmara ofício no qual comunicam o “desrespeito” do ministro por não ter recebido a comitiva. Até mesmo deputados da base do governo repudiaram a atitude.
Desaparecimento no DF - Após a votação dos requerimentos que estavam na pauta de reunião da CPI, o colegiado ouviu a mãe de um adolescente de 14 anos que desapareceu no dia 23 de janeiro na cidade satélite de Taguatinga, no Distrito Federal. Pela proximidade com Luziânia, os parlamentares buscam descobrir se o caso está relacionado com os demais da cidade goiana. Independentemente de haver ou não essa ligação, a CPI deve insistir nas investigações do caso.
O delegado que cuida do sumiço foi até a Câmara a pedido da CPI para esclarecer as providências tomadas pela polícia. A mãe do garoto e o delegado informaram o nome do suspeito: um homossexual de 32 anos que teria seduzido o garoto pela internet. Os deputados querem que seja expedido mandado de busca ao menino e de prisão ao suspeito e ao motorista dele, que também teria envolvimento com o caso. (Reportagem: Djan Moreno/ Foto: Eduardo Lacerda)
Nenhum comentário:
Postar um comentário