Da tribuna, o líder do PSDB na Câmara, deputado João Almeida (BA), voltou a criticar nesta terça-feira (18) a pífia execução do Programa de Aceleração do Crescimento. “O PAC não tem foco, objetivo ou resultado. Não é nada mais do que um empacotamento de ações. Por ser fantasioso e megalomaníaco, não conseguiu cumprir as metas mágicas estabelecidas pelo governo”, criticou.
Neste ano, por exemplo, o programa tem apenas 4,1% de execução dos R$ 28,6 bilhões destinados no Orçamento da União, segundo dados da assessoria técnica do PSDB extraídos do Siafi. Além disso, até 17 de maio foram efetivamente pagos somente 48,1% dos recursos de 2009 do PAC.
O tucano afirmou ainda que a continuidade da política econômica do governo FHC por Lula foi o que “salvou” o governo do PT. Almeida lembrou que a credibilidade do país deve-se à estabilidade da moeda, conquistada com o Plano Real. “Teria o Brasil essa credibilidade se continuasse com a inflação e os preços que subiam todo dia? O Plano Real deu sustentabilidade ao propósito de o Brasil crescer. Sem isso, nada do que acontece hoje seria possível”, destacou.
O parlamentar ressaltou também que as privatizações ocorridas durante o governo do PSDB foram amplamente discutidas com a sociedade e o Congresso Nacional. “O PT até hoje vive de criticar as privatizações que fizemos, mas não reverteu nenhuma delas. E por que não? Porque foi uma política correta que possibilitou o crescimento da economia”, assegurou.
Almeida rebateu as declarações do líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), de que o Brasil estava “agachado” na gestão FHC. “Agachados estamos agora. Lamentavelmente, enquanto o governo cutuca os Estados Unidos para parecer que é muito forte, cede a qualquer pressãozinha dos seus colegas candidatos a ditador.”
O tucano lembrou polêmicos episódios da diplomacia do governo Lula, como o apoio ao presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, durante a crise política naquele país e as negociações com o presidente Evo Morales referentes a instalações da Petrobras na Bolívia.
O líder criticou ainda o acordo assinado entre Brasil, Irã e Turquia ontem (17). Segundo Almeida, Lula quer se promover com o acordo, que na avaliação dele foi arranjado pela “cortesia diplomática” e não teve resultado algum. “Esse acerto é rigorosamente nada, pois não permite a fiscalização das instalações iranianas pela Agência Internacional de Energia Atômica. Qual é a confissão clara e o compromisso do Irã de desativar os seus programas de preparação de bomba?”, questionou. (Reportagem: Alessandra Galvão/Foto: Eduardo Lacerda)
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Um comentário:
Será que a viagem fracassada de Lula ao Iran faz parte do PAC?
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