Almeida alerta ministro para riscos da exploração do pré-sal
Em audiência na Câmara nesta quarta-feira, o deputado João Almeida (BA) questionou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, sobre os riscos de exploração de petróleo na camada pré-sal. "Essa ideia que vem sendo espalhada de que o pré-sal não oferece qualquer risco é uma balela. Existem muitos riscos. Não se sabe ainda a quantidade de petróleo que existe lá e tampouco há noção se as empresas vão se interessar", afirmou o deputado."Então qual a justificativa real para mudar as atuais leis e trazer o regime de partilha para cá?", completou.
Ideias fantasiosas - O tucano também chamou a atenção para as "ideias fantasiosas e exageradas" que têm sido utilizadas para justificar a mudança na legislação do setor. E expressou seu receio de que o grande propósito do governo com o pré-sal seja fazer geopolítica. "A Venezuela usa petróleo para fazer geopolítica. Mas nós não podemos seguir o mesmo caminho", acrescentou.
Ideias fantasiosas - O tucano também chamou a atenção para as "ideias fantasiosas e exageradas" que têm sido utilizadas para justificar a mudança na legislação do setor. E expressou seu receio de que o grande propósito do governo com o pré-sal seja fazer geopolítica. "A Venezuela usa petróleo para fazer geopolítica. Mas nós não podemos seguir o mesmo caminho", acrescentou.
As críticas do tucano foram feitas durante reunião da comissão especial da Câmara que analisa a proposta do governo de exploração e produção do pré-sal. Almeida ressaltou que a Petrobras já havia recebido o campo de Tupy, principal área de exploração da camada, e não havia se interessado por explorar a região na década de 90. Nos últimos anos, segundo ele, com a alta no preço do petróleo e avanços tecnológicos, a empresa se interessou mais e descobriu que existe óleo na área.
Já o deputado Luiz Carlos Hauly (PR) criticou o formato do fundo social que o governo está criando com o objetivo de gerir e distribuir os recursos oriundos da camada petrolífera, objeto de um dos projetos de lei. "A forma com que o governo desenhou esse fundo social não funciona. Ainda não consegui ver onde o povo será beneficiado nesse mecanismo", apontou. Sem se convencer das explicações governistas, Hauly disse que o único modelo capaz de beneficiar os cidadãos como cotistas do petróleo foi o inglês. (Reportagem: Rafael Secunho e Gustavo Bernardes com Ag. Câmara)
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