16 de out. de 2009

Desigualdade persiste

Marisa cobra políticas para qualificar mulheres e combater distorções

Para a senadora Marisa Serrano (MS), a adoção de políticas nacionais e estaduais para qualificar as mulheres é fundamental para aumentar a inclusão no mercado de trabalho e reduzir as distorções salariais que ainda persistem. De acordo com o IBGE, mesmo com maior escolaridade, elas têm rendimento médio inferior aos dos homens em todas as posições ocupacionais.

Diferenças - A maior diferença de rendimento é na posição de empregador, em que os homens recebem, em média, R$ 3.161, enquanto as mulheres ganham R$ 2.497 - diferença de R$ 664 (22% a menos). Mas de acordo com Marisa, esse quadro se repete em outras posições, já que o rendimento médio mensal do brasileiro é de R$ 1.036, sendo que no sexo feminino o valor cai para R$ 839.

“É lamentável que elas tenham o salário abaixo da média nacional”, reprovou. De acordo com o IBGE, essa diferença se verifica em todos os estados, especialmente no Maranhão, Piauí, Sergipe, Pernambuco, Tocantins e Mato Grosso do Sul.


De acordo com a senadora, as mulheres têm menos anos de estudo que os homens nas classes menos favorecidas, situação que se inverte nas classes mais favorecidas. Apesar disso, recebem menos. “É preciso trabalhar mais em busca da igualdade entre os sexos. Isso não pode ocorrer apenas em aspectos como liberdade de ir e vir, de trabalhar e de pensar suas ideias, mas deve abranger também os mesmos salários, oportunidades e qualificação”, completou.

A parlamentar alertou também para o fato de o desemprego atingir com mais força as mulheres. “Isso prejudica muito, já que 30% delas são chefes de famílias e comandam sua casas. É uma desigualdade provocada pela baixa qualificação”, reiterou. (Reportagem: Letícia Bogéa/Foto: Ag. Senado)

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