5 de out. de 2009

Olimpíadas

Silvio Torres: vitória do Rio pode motivar uma política efetiva para o esporte

O deputado Silvio Torres (SP) disse estar esperançoso com a escolha do Brasil para sediar as Olimpíadas de 2016. Um dos parlamentares mais envolvidos no debate sobre o desporto no país, o tucano acredita que a oportunidade de recepcionar esse evento pode significar um instrumento efetivo para convencer o governo brasileiro a criar uma política de Estado para o esporte, a exemplo das existentes para a educação e a saúde. Além disso, o tucano avalia que a vinda dos jogos tem o potencial de motivar o país a priorizar os investimentos na formação de atletas, até para o Brasil poder apresentar uma equipe tecnicamente preparada daqui a sete anos.

Fiscalização do dinheiro público - "Se o Executivo se convencer que é chegado o momento de investir no esporte, começando nas escolas, formando atletas para competições internacionais e as olimpíadas, esse já será um legado”, afirmou o deputado. "Além disso, estaremos motivando a população a prática dos esportes e contribuindo para uma saúde melhor e trazendo um ganho social para o nosso país. Hoje, já é comprovado que o esporte é uma ferramenta importantíssima para a inclusão social”, completou.

O parlamentar está convicto de que a realização das Olimpíadas do Rio de Janeiro poderá beneficiar não apenas a capital carioca, mas o país como um todo. Os ganhos em infra-estrutura - como esperados com a Copa de 2014 - abrangem setores como transporte,saneamento, turismo, saúde e segurança. No entanto, o parlamentar ressaltou que a organização do evento causa natural preocupação, em virtude dos vultosos investimentos que o governo federal terá de despender.

"Exatamente por isso é imprescindível às entidades responsáveis pela fiscalização e controle do dinheiro público acompanhar, desde já, os gastos que serão realizados para capacitar o Rio de Janeiro a sediar a competição", defendeu o parlamentar. De acordo com o tucano, que preside a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara, os problemas que caracterizaram a organização dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, disputados em 2007, deixaram um lição: é fundamental um fiscalização preventiva dos gastos públicos.

"O Tribunal de Contas da União e as Comissões de Fiscalização da Câmara e do Senado têm a obrigação de garantir transparência, assim como está fazendo na Copa de 2014 por meio da implantação de uma Rede de Fiscalização que inclui o TCU, além de tribunais estaduais e municipais. Somente assim será possível evitar que o episódio dos Jogos Pan-Americanos, caracterizados por falta de planejamento, gastos desordenados e malversação do dinheiro público, se repita", advertiu. (Da redação com assessoria/ Foto: Eduardo Lacerda)

Leia também:

Tucanos celebram vitória do Rio como sede olímpica

Nenhum comentário: