16 de nov. de 2009

Questão de sobrevivência

Tripoli defende metas obrigatórias na emissão de gases do efeito estufa

Apesar da decisão dos EUA, da China e de outras nações desenvolvidas de adiar um acordo sobre mudanças climáticas, o deputado Ricardo Tripoli (SP) reiterou nesta segunda-feira (16) a necessidade da apresentação de metas obrigatórias de corte na emissão de gases do efeito estufa pelos países. Para a conferência da ONU marcada para dezembro em Copenhague, a expectativa do momento é que saia uma declaração "politicamente vinculante", algo pouco específico e não obrigatório, deixando os pontos mais complicados para futuros encontros.

Péssimo negócio - O tucano considera um péssimo negócio não se definir metas obrigatórias que possam resolver a situação. “Todos esperam é que haja um acordo ente os países, inclusive o Brasil, visando a redução no processo de emissão de gases. Sem metas, haverá um aumento da temperatura e precisaremos fazer modificações urgentes em segmentos produtivos, pegando todos despreparados”, alertou. A decisão das potências foi anunciada no fim de semana durante encontro da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec). Os 21 países-membros respondem por 60% das emissões mundiais.

Tripoli defende ainda que o Brasil siga suas metas de redução de emissão de gás carbônico de até 38,9% até 2020. No entanto, afirma que isso deve ser assegurado por meio de de lei, e não apenas como uma meta voluntária, como anunciou o governo Lula na última sexta-feira (13). “Isso deve ser obrigatório. Se há estimativa até 2020, o Brasil deve apresentar um plano de trabalho até esse período e dizer como evitaremos a emissão de gases”, avaliou.

Segundo o parlamentar, os países que não apresentarem proposta concreta terão problemas no futuro. “Isso é uma realidade, e não o fato de querer ou não. Se agirmos, teremos um período mais longo favorável tanto ao setor produtivo quanto ao da sustentabilidade. Caso contrário, as mudanças climáticas mudarão o sistema do agronegócio, com consequências negativas”, reiterou. O deputado participará da reunião em Copenhague, que ocorrerá de 7 a 18 de dezembro, e espera sair da Dinamarca com um relatório positivo das negociações sobre o combate ao aquecimento global. (Reportagem: Letícia Bogéa/ Foto: Du Lacerda)

Um comentário:

Anônimo disse...

Para mim os EUA não estão querendo mudar logo na questão ambiental por estarem lucrando com essa situação. Além de não imporem as suas indústrias e serviços poluidores medidas de controle da emissão de poluentes, também mantém relações lucrativas de câmbio onde trocam créditos de carbono por dólares e euros, de forma a gerar grandes lucros. Se o acordo do meio ambiente for firmado logo, essa parcela de especuladores dos créditos de carbono sairão prejudicadas.