Queda na vazão da Usina do Xingó trará efeitos catrastróficos, alerta Albano
O deputado Albano Franco (SE) alertou para os "efeitos catastróficos" para Sergipe e Alagoas caso o Operador Nacional do Sistema Elétrico reduza a vazão da Usina Hidrelétrica Xingó para 700 metros cúbicos por segundo. O ONS estuda a medida sob a justificativa da necessidade de economizar energia hidrelétrica e colocar em operação as usinas termoelétricas localizadas no Nordeste, atualmente ociosas. Da tribuna, o tucano pediu ao presidente da República e ao ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, para impedir esse ato.
Desastre ecológico - "Caso contrário, o Baixo São Francisco, que já se encontra em avançado processo de degradação, assistirá a um verdadeiro desastre ecológico, com efeitos catastróficos para os estados de Sergipe e Alagoas", alertou. De acordo com Albano, o seu estado, que tem no rio São Francisco a sua principal fonte hídrica, sofrerá duras conseqüências em relação ao abastecimento em face do recuo brusco das tomadas de água de seu sistema de adutoras, responsável por levar água potável a cerca de 60% da população sergipana.
Ainda de acordo com o parlamentar, a redução da descarga para "míseros" 700 metros por segundo permitirá a volumosa entrada de água do Oceano Atlântico na calha do rio São Francisco, contribuindo para a salinização de uma fonte hídrica fundamental para Sergipe e o vizinho Alagoas.
"Neste momento, a vazão é de apenas 1.100 por segundo, já completamente insuficiente para manter o 'Velho Chico' em níveis razoáveis. Quando a Hidrelétrica de Xingó foi construída, no início dos anos 90, a previsão era de que a descarga seria de 2.300 metros por segundo, só ocorrida esporadicamente em situações de elevadas cheias, quando a barragem não tem condições de estocar o excesso de água", explicou o deputado. (Reportagem: Marcos Côrtes/Foto: Eduardo Lacerda)
23 de set. de 2009
Desastre ecológico
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Albano Franco
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