4 de set. de 2009

Despesas elevadas

Deputados condenam inchaço da máquina promovido pelo PT

Parlamentares do PSDB voltaram a alertar para o crescimento das despesas públicas ao longo da gestão do presidente Lula. Entre 2003 e 2008, o governo elevou em 37% os gastos com os servidores ativos, com expansão de 10% no número de funcionários no período. Entre 1995 e 2002, ao longo do governo Fernando Henrique Cardoso, as despesas com a mesma finalidade subiram apenas 5%, de acordo com reportagem do jornal “O Estado de São Paulo” - diferença de 32 pontos percentuais.

Serviços não melhoraram - “O governo é licencioso com os gastos de pessoal e de custeio. Houve crescimento expressivo no número de funcionários sem a correspondente melhora no serviço público", condenou o líder do PSDB na Câmara, deputado José Aníbal (SP). E para o curto prazo a perspectiva não é nada otimista: um dos pontos que mais chamam a atenção no Projeto de Lei Orçamentária de 2010, encaminhado nesta semana ao Congresso, é a estimativa de despesas com pessoal: R$ 168 bilhões, 34% a mais do que em 2008 (R$ 135,7 bilhões)

O presidente do Instituto Teotonio Vilela, deputado Luiz Paulo Vellozo Lucas (ES), fez um alerta para o impacto de longo prazo sobre as contas públicas. “Esses números são uma fotografia nítida da visão perdulária do governo. A expansão dos gastos é uma bomba de efeito retardado sobre o equilíbrio fiscal. O Planalto deveria economizar os tributos e usá-los com qualidade e parcimônia em beneficio da população”, disse.

A gestão Lula também promoveu uma elevação de 12% no número de cargos de confiança, que passaram de 18,3 mil para 20,5 mil nestes seis anos de governo. “A expansão desses postos reflete a visão política do PT. Eles não acreditam em alianças, mas sim em aparelhamento. A criação de cargos de confiança é uma politica para acomodar os aliados, uma espécie de mensalão legal”, ressaltou Vellozo Lucas.

Diante dessa realidade, o jornal cita estudo do economista José Roberto Afonso que alerta para a deterioração da situação fiscal. "Apesar das afirmações do governo de que era necessário aumentar o volume de gastos como forma de combater a crise econômica, seus esforços para fazer crescer as despesas que realmente são anticíclicas, como os investimentos, têm sido pífios. O foco do aumento dos gastos continua sendo o pessoal", alerta o documento. (Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: Eduardo Lacerda)

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