4 de set. de 2009

Meio ambiente

Thame cobra mecanismos para preservar florestas

O deputado Antonio Carlos Mendes Thame (SP) disse nesta quinta-feira que o Brasil está perdendo a batalha contra o desmatamento, embora o governo esteja comemorando uma queda de 46% no desmatamento da Amazônia acumulado de agosto/2008 a julho/2009 em relação ao período anterior. Para o tucano, é necessário criar mecanismos para preservar as florestas.

Cenário pouco otimista - Conforme lembrou, o desmatamento nessa região em julho atingiu pelo menos 836,5km² de floresta, 157% a mais que o registrado em julho/2008, quando o desmate foi de 323 km². “Infelizmente os dados mostram um cenário pouco otimista”, lamentou. De acordo com o parlamentar, as leis ambientais brasileiras são incompatíveis com a realidade da Amazônia e não bastam para controlar a destruição da floresta. “Não adianta só punir aqueles que descumprem a lei. É preciso compensar e premiar aqueles que conservam a floresta e se esforçam para trabalhar na legalidade”, ressaltou.

O deputado citou como exemplo a fixação de um preço para cada árvore correspondente ao carbono que armazena durante toda sua vida. De acordo com o tucano, isso evitaria o corte das florestas. Esse mecanismo ganha cada vez mais adeptos em conferências internacionais sobre o clima. A ideia é que cada tonelada preservada seja compensada com créditos que possam ser vendidos no mercado global de carbono. “Os grandes países que abrigam vastas extensões de florestas como o Brasil e a Indonésia apoiam a criação desse tipo de mecanismo, batizado de 'redução de emissões procedentes do desmatamento ou degradação'”, apontou.

O parlamentar lembrou que em março de 2009, o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) disse que o desmatamento na Amazônia no trimestre de novembro a janeiro teve “queda significativa”. Segundo o ministro, nos oito meses anteriores a redução foi de 40%. Depois, em agosto, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais corrigiu os dados e confirmou um aumento. “O desmatamento no mundo é responsável por 20% das emissões de gás carbônico, superando o conjunto das indústrias de transporte. Sua redução permitirá diminuir as emissões de gases de efeito estufa, consideradas responsáveis pela mudança climática”, explicou o tucano. (Reportagem: Letícia Bogéa/ Foto: Eduardo Lacerda)

Um comentário:

João Paulo (Presidente JÂnio Quadros - Bahia) disse...

Deputado, aproveito esta oportunidade para lhe alertar ssobre a possivel burrice que o PSDB/SP poderá cometer caso o partido negue apoio a candiodatura do GERALDO ALCKMIN ao governo de São Paulo. Seria um ato insano querer impor outro nome que não seja o do Alckmin ao governo, o povonão vai engolir isso. Sou do interior da Bahia, sou tucano, e vamos nos empenhar ao máximo a candidatura do Serra, mais se o Serra apoiar esta articulação contra o Alckmin, vamos virar a casaca e nos bandearmos para o lado da Dilma. Não vamos aceitar que este ato contra o Alckmin, ou ele é o candidato ao governo do estado de São Paulo, ou vamos deflagrar uma articulação no nordeste, de todos os simpatizantes do Alckmin para responder fazendo oposição a candidatura do Serra. Não se esqueçam do poder de fogo que tem o "bolsa-família", e que o nordeste faz sim a diferença. Somos Serra, porém com respeito a Alckmin.