14 de out. de 2009

Em prol da sociedade

Líder do PSDB quer impedir votação de projeto que regulamenta bingos

O líder do PSDB na Câmara, José Aníbal (SP), lutará para impedir a aprovação de projetos que legalizam o funcionamento de bingos no Brasil. O tucano rechaçou nesta quarta-feira a possibilidade de ser aprovada pela Câmara a regulamentação das casas de jogos e garantiu que tentará impedir a apreciação das propostas com essa finalidade em regime de urgência pelo plenário.

Estratégia furada - Parlamentares em prol desse tipo de atividade buscam reunir em um só projeto as diversas matérias que tratam da questão dos bingos, a exemplo da apresentada pelo deputado Antonio Carlos Mendes Thame (SP) barrando definitivamente a atuação dessas casas. Eles querem apoio à urgência para apreciação da proposta do tucano na tentativa de levar a plenário também a liberação da jogatina.

“Essa é uma estratégia para levar a proposta a plenário, mas somos completamente contra e não permitiremos nenhum atropelo. Caso isso chegue a ser votado, não permitiremos a aprovação desse projeto que libera tudo e sanciona comportamentos que o Parlamento precisa evitar”, afirmou.

Aníbal contestou a alegação de que a legalização dos bingos renderia cerca de R$ 240 milhões em impostos. "Eles omitem a informação de que esse valor não representa sequer 10% do que será sonegado e transformado em dinheiro 'limpo' por meio dessa atividade criminosa que movimentará bilhões e bilhões de reais”, apontou.

O líder do PSDB acredita que sua postura vai ao encontro dos anseios da sociedade, pois nada indica que a população queira a legalização dos bingos. ”O brasileiro não quer a aprovação de algo que vai gerar desorganização financeira, lavagem de dinheiro e desestruturação familiar”, destacou o deputado.

De acordo com o deputado, entre os pontos que podem ser aprovados pela Câmara está a possibilidade de permitir a abertura de um bingo para cada 100 mil habitantes - o que daria um total de 2 mil em todo país. “É inaceitável que o Parlamento vote e aprove algo dessa natureza”, ressaltou. (Reportagem: Djan Moreno)

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