14 de out. de 2009

Enem

Tucanos responsabilizam governo por vazamento das provas

O deputado Raimundo Gomes de Matos (CE) responsabilizou o Ministério da Educação pelo vazamento das provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), suspenso no último dia 1º de outubro. Na avaliação do tucano, o governo errou ao contratar um consórcio de empresas pouco experientes.

“O ministério falhou. Falhou na fiscalização, no monitoramento de todo o processo. Foi auto-confiança demais e isso gera negligência, vulnerabilidade”, disse o parlamentar (foto), membro da comissão de Educação e Cultura da Câmara, onde o ministro Fernando Haddad (da Educação) compareceu nesta quarta-feira (14) para explicar as medidas administrativas e judiciais que estão sendo tomadas em relação ao vazamento das provas.

“Se o governo trabalha com várias instituições com metodologia e know-how, como a Escola Fazendária (Esaf) e o Cespe (da UnB) porque não utilizaram essas entidades – que têm capacidade técnica, conhecimento científico e de segurança – para fazê-lo”, questionou ainda o parlamentar.

Novo Enem - Os prejuízos financeiros, avaliados em R$ 30 milhões, também foram levantados pelos tucanos presentes à comissão. “O governo é co-responsável por esta situação. Foi ele quem contratou esse grupo, agora deve esclarecer quem vai pagar o prejuízo”, alertou o deputado Lobbe Neto (SP).

Um novo exame do Enem está marcado para os dias 5 e 6 de dezembro. Segundo dados do Ministério da Educação, 4,1 milhões de estudantes se inscreveram no exame deste ano. Pela primeira vez, o resultado das provas substituiria o vestibular para 40 universidades federais.

Durante a audiência pública, o ministro admitiu que deve contratar parceiros antigos para a elaboração do novo exame e que o local de onde foi furtada a prova do Enem foi modificado sem autorização do Instituto Nacional de Estudos Pesquisas Educacionais (Inep) e que o ministério só foi informado do fato após o vazamento das provas. (Reportagem: Regina Bandeira / Foto: Eduardo Lacerda)

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