11 de nov. de 2009

Irresponsabilidade

Para tucanos, Tarso Genro desrespeitou 60 milhões de brasileiros

Parlamentares do PSDB rebateram nesta quarta-feira (11) declaração do ministro da Justiça, Tarso Genro, para tentar minimizar o apagão ocorrido ontem que deixou às escuras 60 milhões de brasileiros de 18 estados. Para o senador Alvaro Dias (PR), o petista afrontou a sociedade brasileira. "Ao dizer que o apagão foi um pequeno incidente, Tarso mostrou sua insensibilidade diante do desconforto e dos prejuízos causados à população", advertiu Alvaro ao lembrar que o caso teve repercussão internacional.

Aparelhamento político - Para o deputado Vanderlei Macris (SP), a declaração do ministro é "irresponsável". Ele disse que é ridículo tratar como coisa miúda um episódio que alterou a vida de milhões de brasileiros. "É comum, entre membros do alto escalão do governo, maximizar coisas inexistentes e minimizar fatos chocantes", lamentou.

O senador alertou que o aparelhamento político em órgãos estratégicos do setor energético como o Ministério das Minas e Energia, a Eletrobras e a direção da binacional Itaipu pode ter contribuído para as falhas ocorridas ontem. "O apagão colocou em xeque a experiência de gerenciamento do governo. O aparelhamento político está puxando para baixo a qualidade técnica dos serviços oferecidos à população", acusou.


Já o presidente do Instituto Teotônio Vilela (ITV), deputado Luiz Paulo Vellozo Lucas (ES), criticou a declaração do presidente Lula feita um dia após o blecaute que paralisou parte do país. O petista afirmou que, em matéria de linhas de transmissão, seu governo foi responsável por 30% de tudo o que já foi feito no Brasil nos últimos 123 anos. "Na ânsia de serem os protagonistas da história, este governo está cometendo equívocos conceituais e deformações históricas. No entanto, mais assustador do que isso, é a incapacidade gerencial para administrar problemas", avaliou Vellozo Lucas.

Histórico negativo - Esta não é a primeira vez que integrantes do governo Lula tentam minimizar ou até desdenhar da importância de denúncias ou fatos negativos. Durante a crise aérea, que atormentou a vida dos passageiros, a então ministra do Turismo, Marta Suplicy, aconselhou os brasileiros a "relaxar e gozar" diante das longas esperas e das intermináveis filas nos aeroportos brasileiros.

Ainda durante o caos aéreo, em julho de 2007, o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, mostrou um comportamento incompatível com a função ao fazer gestos obscenos para a imprensa após ouvir a notícia de que a existência de um defeito técnico no avião da TAM que explodiu no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, matando 199 pessoas. (Da redação com Ag. Tucana/Fotos: A

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