Os ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Edison Lobão (Minas e Energia) devem participar de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado para falar sobre o apagão. O requerimento aprovado nesta terça-feira (17) que pede a realização de audiência pública com ambos é de autoria do senador Flexa Ribeiro (PA).
É preciso esclarecer - Diferente do ocorrido nas comissões de Assuntos Econômicos e na de Infraestrutura, onde a base governista atuou para convidar não só os ministros, mas também técnicos, o requerimento da CRE prevê que apenas os dois participem da reunião. Na semana passada a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara aprovou requerimento do deputado Vanderlei Macris (SP) convidando Lobão para falar sobre o assunto.Segundo Flexa Ribeiro, o objetivo que os ministros prestem explicações aos senadores sobre o apagão que ocorreu na última terça-feira (10) e deixou 18 estados no escuro, além de também interromper o fornecimento de energia elétrica no Paraguai.
Pela manhã, a oposição tentou aprovar requerimento semelhante, também de autoria do tucano, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). No entanto, a base governista – maioria no momento na comissão – rejeitou a proposta. Na CAE, foi aprovado, no entanto, um requerimento que já havia sido apreciado na Comissão de Infraestrutura apresentado pelo senador Fernando Collor (PTB-AL), que é da base governista, convidando os dois ministros e 18 técnicos para a audiência conjunta da duas comissões.
Para Flexa Ribeiro, a audiência na CRE será uma oportunidade para que o governo possa explicar aos brasileiros as causas, efeitos e se há risco de um novo blecaute. "O assunto não foi encerrado. Se o presidente Lula diz que somente Deus pode livrar o país de um novo apagão é porque então nada foi explicado. É preciso esclarecer ao máximo para evitar que problemas desse porte venham a se repetir", afirmou.
Segundo o parlamentar, é imprescindível a presença o quanto antes de Dilma e de Lobão. "Como ex-titular da pasta de Minas e Energia, a ministra foi a responsável por alterações profundas no sistema brasileiro de energia. Um trabalho que teve continuidade com o ministro Lobão. Portanto, apenas os dois poderão responder questões que ainda não foram explicadas pelo governo", destacou Flexa. (Da redação com assessoria do senador/ Foto: Ag. Senado)
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