Os números não deixam dúvida: no governo do PSDB, o crescimento da capacidade instalada de geração de energia no Brasil é superior a alcançada pela gestão Lula, conforme mostram dados do próprio Ministério de Minas e Energia e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com FHC, a expansão foi de 48%, enquanto no governo do PT não passará de 43%.

Projeções dos mesmos órgãos indicam, entretanto, que em 2010, quando o presidente Lula encerrar seu segundo mandato, a capacidade instalada de energia no Brasil terá evoluído menos, pois a variação deverá estar entre 40%, numa hipótese pessimista, e 43% na melhor das hipóteses. A comparação é do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura).
"Isso significa que o governo do PT e de Dilma Rousseff, que foi ministra de Minas e Energia, não terá sido capaz de agregar mais energia do que aquela alcançada nos anos FHC", resume o deputado Bruno Rodrigues (PE), integrante da Comissão de Minas e Energia da Câmara. "A verdadeira comparação não é aquela feita com números absolutos. É com a variação percentual existente nos dois períodos. Esta comparação o PT não quer fazer porque ela revelará que o governo Lula aplicou menos na geração de energia nova do que seu antecessor", destacou.

Para o deputado Eduardo Gomes (TO), os números oficiais do próprio governo "desmontam a versão de que houve mais investimentos em geração de energia no país na gestão petista". Segundo ele, ainda que consiga atingir os 43%, ficará distante daquilo que foi alcançado e agregado pelo governo FHC. "O governo Lula mente obsessivamente quanto ao que realizou na área da geração de energia. Os números são reveladores", acrescenta o deputado.
Os investimentos no setor de energia também foram maiores, em relação ao PIB (Produto Interno Bruto), no governo do ex-presidente. De acordo com dados divulgados pelo site Contas Abertas, em 2002, último ano do governo do PSDB, os investimentos no setor energético atingiram 0,20%. No ano passado, o governo Lula destinou 0,13% do PIB para o setor.
Veja o desempenho dos investimentos em energia ano a ano nos dois governos segundo o percentual do PIB. Em 1999, por exemplo, o total de investimentos chegou a 0,27% do PIB. Nos anos seguintes, estes percentuais foram de 0,18% em 2000; 0,18% em 2001; 0,20% e, em 2002, fechou em 0,23%. No primeiro ano do governo Lula, o volume investido no setor elétrico já registrou queda e ficou em 0,17%. Nos dois anos seguintes, mais uma queda para 0,15%. Em 2006, 0,14%; em 2007, 0,12%, até os 0,13% registrados em 2008. (Da redação com Agência Tucana/Fotos: Du Lacerda)
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