17 de nov. de 2009

Problema de saúde pública

Rita Camata cobra políticas para ajudar dependentes químicos

Em seminário realizado na Comissão de Seguridade Social e Família para discutir os efeitos do consumo do álcool e a dependência química na adolescência, a deputada Rita Camata (ES) cobrou nesta terça-feira (17) políticas públicas mais efetivas que busquem acolher os jovens dependentes, impedir o consumo indevido de drogas e treinar profissionais da saúde para atender melhor esses jovens. Na avaliação da tucana, que pediu a realização do debate, é preciso mais esforço e empenho por parte tanto do governo federal como dos estados.

Só repressão não funciona - Participaram do evento coordenadores de centros de recuperação, psiquiatras, magistrados e representantes da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e do Ministério da Saúde. “Até agora existe muita incompetência, porque só atuamos na repressão. Mas começamos a enxergar que se trata de um problema de saúde pública também. Por outro lado, temos a Lei Seca, um aumento no preço das bebidas e o projeto que proíbe a publicidade desses produtos, que teve grande resistência mas pode ser retomado”, ressaltou Rita no seminário.

A parlamentar destacou ainda a necessidade de se combater a entrada de armas e drogas nas fronteiras e questionou o que o governo tem feito para combater o problema. Rita citou também a importância da aplicação de lei já aprovada no Congresso que prevê a desapropriação das terras de produtores de cocaína no país. Enquanto tudo isso não é feito, ela acredita que o país vai perdendo muitos jovens para as drogas. A tucana alertou que a mudança desse quadro demanda vontade política por parte dos governos.

Estudo do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas da Unifesp (Cebrid) com 48 mil alunos de ensino básico de 27 capitais mostrou que o uso de drogas começa cedo. De 10 a 12 anos, 0,6% dos entrevistados usavam maconha, 0,5% cocaína, 0,2% crack, 7% tabaco e 41,2% álcool. Entre 16 e 18 anos, 11,2% consumiam maconha, 2,8% cocaína, 1,1% crack, 39,7% tabaco e 80,8% álcool. (Reportagem: Letícia Bogéa)

Um comentário:

Anônimo disse...

É exatamente isso, mesmo que no todo envolva repressão ao crime e prisão, a atenção deve ser dada aos direitos humanos. Para os dependentes de menor periculosidade tratamento médico, ambulatórial, instalações adequadas, etc.
O governo deve ter isto como prioridade e desenvolver métodos de custear este importante investimento social.