18 de nov. de 2009

Cenário vergonhoso

Raquel defende ações de combate à violência contra as mulheres

A deputada Professora Raquel Teixeira (GO) afirmou nesta quarta-feira (18) que a luta pelo fim da violência contra as mulheres deve ser renovada constantemente. A parlamentar participou do lançamento da campanha "16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres", promovido pelas bancadas femininas da Câmara e do Senado, pela ONG Ações em Gênero, Cidadania e Desenvolvimento (Agende) e pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres.

Sutileza - Criada em 1991, essa campanha é realizada em aproximadamente 130 países. No Brasil, ocorrerá de 20 de novembro a 10 de dezembro. Neste ano, a mobilização nacional é focada nas chamadas violências "sutis" - atos de violência moral, psicológica e de controle econômico, entre outros, considerados "normais" ou "naturais" pelo fato de estarem arraigados na sociedade e de não serem claramente percebidos como violência pelas próprias mulheres.

“Os números são claros e mostram um cenário vergonhoso. A violência contra a mulher prossegue e não é só a física, mas a moral, sexual, intelectual e financeira, fazendo com que elas fiquem vulneráveis e fragilizadas diante de uma cultura que é muito truculenta”, alertou Raquel.

Pesquisa do Data Senado deste ano aponta que 62% das entrevistadas conhecem mulheres que já sofreram violência doméstica e familiar. Entre os tipos de violência, as mais citadas foram a física (51%), a moral (16%) e a psicológica (15%). Outros números apontam que a cada 15 segundos uma mulher é espancada pelo marido ou companheiro no Brasil.

Para combater a violência contra as mulheres, a deputada destacou a importância da implementação de políticas públicas. “Infelizmente nem todos veem essa questão como prioritária. A questão da mulher depende de ações com resultados a longo prazo, com avanço lento. Os resultados só se tornam visíveis e palpáveis à medida que os números começam a mudar”, destacou.

Segundo a tucana, a própria representação feminina no Congresso é um sinal de desigualdade. “Democracia quer dizer oportunidade plena do potencial de homens e mulheres. O nosso país, apesar dos avanços, ainda está longe de conseguir essa igualdade. Um exemplo disso é a representação parlamentar feminina na Câmara dos Deputados, que é de apenas 8%”, completou Raquel. (Reportagem: Alessandra Galvão/ Foto: Ag. Câmara)

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