21 de out. de 2009

Convocado em CPI

PSDB cobrará de Tarso Genro explicações sobre política de segurança pública


A CPI da Violência Urbana aprovou nesta quarta-feira (21) requerimento do líder do PSDB na Câmara, deputado José Aníbal (SP), que pede a vinda do ministro da Justiça, Tarso Genro, para dar explicações sobre as ações federais de combate ao crime organizado. No depoimento marcado para a próxima quarta-feira (28), o tucano pedirá explicações não somente sobre a situação do Rio de Janeiro, mas também a respeito da política de segurança pública adotada em todo o país.

Comissão geral - “Não há mais o que esperar depois do que vimos no Rio. Queremos saber qual é a política do governo, se ela é colocada em prática e, se não, o que podemos fazer para tirá-la do papel. A sociedade convive com a sensação de violência diariamente e essa é uma resposta urgente que precisamos dar à população”, destacou.

Para Aníbal, a sensação é de que os brasileiros estão vivendo em um "cenário de terror". "É preciso que tenhamos uma política para enfrentar o desafio enorme de combate ao crime organizado. O governo deve estar diretamente envolvido e atuante nesse sentido, sendo que o Rio precisa de uma ação forte que possa servir de referência a todo o país”, completou. Segundo ele, se não houver ação firme e com objetivos claros, o quadro de violência ocorrido hoje na capital carioca pode se repetir nas cidades com mais de 100 mil habitantes.

Ainda segundo o deputado, metade da população acredita que corre risco de morte em função das guerras do tráfico e da violência. "E por isso mesmo temos que sair da retórica para a ação. Além desta reunião com o ministro, a Câmara pode convocar uma comissão geral para discutir esse tema e, assim, fazer nossa parte na sensibilização dos agentes públicos", apontou.

Para o líder do PSDB, o governo do presidente Lula é omisso na área da segurança pública. “Quando acontece algum fato o governo age por impulso, libera algum recurso e promete um helicóptero. Isso não é nada diante da dimensão do problema. O Planalto precisa de uma política objetiva, com ações continuadas que encontrem a origem dessas ações violentas e tragam segurança aos cidadãos, sobretudo onde há maior incidência do crime organizado”, concluiu. (Reportagem: Alessandra Galvão e Marcos Côrtes/ Foto: Du Lacerda)

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