20 de out. de 2009

É preciso avançar

Rita Camata aponta ações para fortalecer mulheres no mercado de trabalho

Apesar dos avanços conquistados pelas mulheres no mercado e da maior abertura do Congresso Nacional a reivindicações femininas nas questões trabalhistas, a deputada Rita Camata (ES) afirmou nesta terça-feira (20) a necessidade de avançar. "É preciso um trabalho de conscientização e de reivindicação constante para qualificar cada vez mais as mulheres e ajudá-las a ingressar com mais força no mercado", defendeu a tucana ao analisar pesquisa conduzida pelo Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea) com 321 parlamentares sobre esse e outros temas como aborto.

Garantir direitos - As medidas de combate ao assédio moral, que têm amplo apoio na Câmara, foram apontadas pelo Cfemea como exemplo de maior sensibilidade do Legislativo com bandeiras femininas no campo do trabalho. Mas de acordo com a parlamentar, é possível ir além. Entre as ferramentas que podem auxiliar as mulheres, a deputada defendeu o aumento de escolas em tempo integral e de creches.

Segundo ela, isso é fundamental para que elas possam trabalhar tranquilas, sabendo que seu filho está sendo bem acolhido e preparado para um mundo competitivo. E mais: o público feminino poderá se qualificar melhor e não engrossar as estatísticas da mão-de-obra barata. Para Rita, o combate à informalidade também seria muito importante para garantir direitos como a aposentadoria.

Mesmo com o avanço para assegurar a igualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho, Rita chama a atenção para as distorções que persistem. "Ainda recebemos 30% a menos do que eles, mesmo exercendo a mesma função. Por isso, precisamos provar que também somos competentes e reivindicar a igualdade de salários”, apontou. Por fim, a tucana chamou a atenção para a necessidade de conscientização nas famílias. Segundo ela, às vezes as mulheres pecam na educação dos filhos, que ocorre de forma diferenciada dependendo do sexo. "Isso acaba projetando para o futuro a submissão das mulheres”, alertou. (Reportagem: Letícia Bogéa/Foto: Du Lacerda)

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