O líder do PSDB na Câmara, deputado José Aníbal (SP), pedirá a convocação do ministro da Justiça, Tarso Genro, para dar explicações sobre as ações federais de combate ao crime organizado, em especial no Rio de Janeiro. O tucano apresentará requerimento com esse objetivo amanhã (21) na CPI da Violência Urbana, que se reunirá a partir das 14h30 no plenário 4.
Insegurança e pânico - Segundo o tucano, a presença de Tarso em audiência pública é fundamental em virtude do agravamento da violência na capital carioca desde a última sexta-feira (16). Nesta “guerra urbana”, um helicóptero da Polícia Militar chegou a ser abatido no sábado por traficantes, provocando as mortes de três tripulantes. Em apenas três dias, mais de 20 pessoas – entre bandidos, policiais e inocentes – morreram nos conflitos, que ganharam destaque na imprensa nacional e internacional. “Sábado de terror na Zona Norte do Rio” e “O tráfico desafia o Rio” foram exemplos de expressões usadas por telejornais em rede nacional para classificar a situação de pânico e insegurança na cidade.
No requerimento, o líder do PSDB cobra explicações de Tarso Genro sobre uma série de ações federais relacionadas ao combate ao crime organizado, como o andamento da política de controle e fiscalização, por parte da Polícia Federal, da entrada ilegal de armas ou de uso restrito no território nacional. As autoridades acreditam que um armamento pesado obtido ilegalmente foi usado pelos bandidos para derrubar o helicóptero.
A situação atual de controle de comunicação e a infraestrutura de presídios federais também deve ser abordada por Genro. Segundo os órgãos de inteligência da polícia carioca, a ordem para os ataques teria partido do presídio de Catanduvas (PR), controlado pela União.
O deputado exige ainda que o ministro relate a situação do Plano Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, incluindo os recursos já repassados aos estados. Além disso, o tucano quer explicações sobre a execução do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) na área de segurança pública e do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). (Reportagem: Marcos Côrtes/Foto: Ag. Câmara)
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